terça-feira, 19 de maio de 2009

Erro de acoplagem - mayday,sos,pqp,fdp...

Erro,
erras?
Era eu?
eras?
Não,
era o
Eros...
.............................
................................
.....................................
Frisson
fricassè
ficasse
fingisse
fritasse
fulminasse
não o eu: o Você.
.........................
ah, diplomacia...
gosto do banho-maria
do som da noite
quase adormecida
no radinho de cabeceira,
música baladeira
de leve
maneira
em be ve ci da
Te entreguei-me em segredo
para todo mundo
cruzei os dedos
como quem cruza a vida
Me acoplaste em seu bedéu
em lentos e re pe ti ti vos
se gun dos
para sempre
reconhecidamente
de sa per ce bida.



Desboto sem o vinho....

Arranquei meu coro,
salguei minha carne
sequei minhas veias
estendi músculos
arranquei cabelos
cortei unhas
limei axilas , púbis e pernas.
Engraxei o cérebro,
amoleci os olhos,
subornei o coração,
ludibriei a alma,
com a palma da mão,
aplaudi ,
com a garganta,
cantei,
arranhei,
tossi,
engasguei,
cuspi.
Nuvens vesgas,
eternas.

Esquisitices de um astrolábio perdido na átmos-fera

Tenho uma mania.
incontrolável: viver.
Um grave defeito de caráter:
dizer a verdade,
sem doer.
Uma alergia irremediável,
de dar manchas na pele:
sentir.
Um comichão suave,
mordendo a língua, até
colocar entre grades band-aid,
o repetir.
Um desabitual ritual humano de não mentir.
Toda torta, que me importa,
atirar para cima e acertar embaixo:
desde que acerte o alvo.
Relaxo se for alta patente,
parente distante, rente, ausente, renitente.
Incoerente sem distinção
nos meus repentes.
Confesso, não preciso de ameaças.
Arrepio só de imaginar desgraças.
Sou covarde,
sem alarde,
o que me alarma mesmo é minha coragem
barata,
antenada,
alta-voltagem, mesquinha
na minha rinha.
e isso não é rima,
é alarde,
besta sem crina.
Também sou vagem,
vagabundagem
a mim mesma
presumida,
com votos, devotos,
de fêmea bem parida,
arrependida,
infame ,
sem brevet de partida,
codinome:
desconhecida.
Meu plano de vôo?
Leia, de novo,
a faísca desta lida...





Gracia plena: retra-tus du cotidi-anus

Alguém escapou da guia...

Será que algum de vocês, entre milhões, se sente hor-rí-vel! ao entardecer de sábadus e domingus interior-ânus ? Sentem no cerne da geladeira GE ou double stereo gradiente ouvindo reminds ou revivals de 80 ou 90? Se descabelam porque não têm DVD, MP3, iPOD? Olham o horizonte e vêem só uma tênue linha sobre uma sombra que é cheia de contornos, não reta, como a distância entre o lar e o trabalho? Sentem um tapinha de angústia perante os canais 17,18,19, 21, 60,61...200,300,900 ... porque tem uma voz falando estridentemente e uma platéia artificial estrondosa de palmas e um roteiro estridentemente e um horário estridentemente sem saída, quando olham um carro na garagem, um cão na soleira, um gato em vários muros,um energúmeno espiando no vitrô do banheiro, um serial killer roncando na guarita de seu condor-mínio?....Ou, no mínimo, na casa vizinha?...
Dominus tecum..
Sabe, adoro quando o meu inexplicável e intraduzível melhor amigo Riviti me leva em folhas sulfite A4 para as mesas de bares cult paulistanas. Como eu o levo pelo meu universossauro afora...
Bueno, quem de vós, piedosos e pietados, se lembram de iguarias predatórias, denominadas: Laranja Mecânica, Pequenos Assassinatos, Cerimônia de um Casamento, Amarcord, Os Deuses Devem Estar Loucos...Ou Calígula... Ou Comilança? No coments.





Chegou quando? Papagaio testamenteiro, segundo ato do início para o meio

a síndrome do todo-poderoso
começa na infância
precisa de ajuda para nascer
mamar, vestir, limpar a própria sujeira.
faz birra para satisfazer
o que não consegue por si só
cresce, entra na escola com mais tantos outros
tontos
para aprender que a companhia
não é solitária
e que conviver é uma questão
necessária
debate-se antes de debater
a valentia vem em bando
não é destra
nem canhota
assim como a ação solidária
mas, permanece intacta
a selvageria
latente
do já adolescente
com brincos, anéis,
a alegoria estúpida
da inconformidade intermitente
sem nenhuma valia
se é alimentada
sem filosofia, poesia,
matemática e quântica.
Virar páginas de livros
como as do caderno,
não deixa ninguém inteligente.
mas, a juventude
aparece e a mente esquece
de que era tudo um
apreender para tornar-se gente
Lá está, de novo,
a velha histeria do eu
bestificado,
valente, que não admite
ser questionado,
só quer marcar território
num impulso inconsequente
Veste-se diferente, desapartado
do rebanho,
sem a consciência
de que está bem marcado,
muito mais tatuado
do que o gado
ao seu redor,
à sua frente.

Cosmopolita da gema podre

Gosto da vida nas grandes cidades:
teatros, shows, espetáculos.
Variedades.
Cultura injetada nas veias
crimes e assaltos
nas avenidas,
palavrões
nas paredes.
Em grafite,
em sangue,
em catarros, em merda.
Tapetes persas,
lenços de seda
turcos,
chás aromáticos árabes.
Restaurantes
de chefs
inusitados,
pratos
indecentes e belos,
paladar
instigante.
Melros,
sabiás,
besouros,
uma fauna em extinção,
que vai à mesa.
Nenhum elo.
Quão refinada é a
cidade da esfera
sideral.
Os tesouros
a céu aberto.
Desde que os lacaios da terra
a mantêm
suprimindo
cada vez mais
as urgências
energúmenas de sapiência
humana:
gasolina,
sangue e
carne de animais,
pastos de rebanhos comíveis,
lenha de florestas
combutíveis,
cobertores
de lã
Aquecedores,
guarda-chuvas,
sombrinhas,
cor-de-rosa e azul.
feminino e masculino.
Basta?
Não.
Desembasta.

Jamais, nunca. Nunca, jamais

Teu céu
não possui véu,
assim como o de ninguém,
também.
Liberte-se da cegueira
livre-se da viseira
deixe de olhar o chão
desvende-se -
saia da prisão.
Jamais diga nunca,
não diga nunca, jamais.

16/04/2007 -13:29 Um naco de gente mastigado pelo vento, lambido pelo tempo

'Bilú-Tetéia'
Sinceramente, me esqueci de que não era apenas um ensaio.
Pensei que V.Sa. fosse se dar ao pequenino trabalhão de assinar as pequenas paginonas com sua própria arte,
aos traços de um cinzel virtual.
Meu horóscopo de hoje me aconselha a não (Ene a ó til!)
entrar em ação bêbada ou drinkosa
ou cheia de firulas na cachola.
O seu diz para resguardar a virgindade.....
Baccio