Gosto de épocas
particularmente nocivas a quase todos:
natal, reveillon, carnaval,
semana santa,
21 de abril,
ano eleitoral.
Me divirto e me compadeço,
conforme a data específica.
No Brasil
( e em outras partes do Planeta)
só falta o dia do imbecil.
Tem dia para tudo,
até para o trabalho,
à mercê de uma tradição de piqueniques
e pancadaria.
Aliás, quase toda diversão hoje acaba
como caso de polícia.
Mas, não tem o dia do imbecil.
Todo político tem mania de Hitler
ou de Nero ou de Tut (Tutankhamon)
Gostam de obras faraônicas
ainda que elas sejam Maias
Romanas, Gregas , Incas, Astecas etc
Têm que ser gigantescas.
(algo falho no fálico de cada um?)
Consomem um custo proporcional
ao nosso desproporcional.
São idealizações tão grotescas
que o acinte monumental
não é visível aos olhos do raciocínio.
Vamos instituir o Dia do Imbecil.
Para não fugir à regra institucional,
aceito sugestões pagas.
Só não vale o dia primeiro de abril.