sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ombros confortáveis com air bags amigos. De fato? Duvido.

Tive e tenho amigos de doer
e a contar nos dedos pares
os ímpares são de outra linhagem
mas não posso nominá-los
pois não mereço
nem eles
são
- espero
que sejam -
curvas energéticas
de passagem
se demoram em mim
graficamente
avalio a incidência
se se espreguiçam
esqueço a procedência
languidamente
porque aprendi a ter dor desde cedo
nem é a minha rota
nem meu mote
muito menos
o meu desenho de jardim de infância
gosto de burlar os labirintos
sei fazer isso,
mas não evitar,
sei jogar e
aplaudir o vencedor
mesmo que não haja
truque da mente soleira
que manda recado ao interior decorado
que, por sua vez,
esconde a mentira
no bem elaborado reduto:
porão ou sótão
Senão,
vai ao largo mesmo,
descaradamente
não, não, não
nada anjos, nada geniais,
nada especiais
nem causais
casuais
tradicionais
mentalistas,
varietais
só sei que meu campo vibracional pegou outro rumo
Tem sutileza
delicadeza,
ética
Xeque.

Conheci uma pessoa que não acreditava que eu não lia mais livros

Livros e filmes
cinema e literatura
Meu alimento em décadas
no século passado


noite afora


dia adentro


e seus intervalos


Eis-me que
resvalo na contemporaneidade
do terceiro milenar


Por que?


Se nada a consumir minha mente
sem mais o alento
a crestar as pestanas
regurgito
falas e ditos
com enfado
Isso é triste
se é...


depois de devorar banquetes


de gentes geniais


em letras e palavras


Meu canibalismo intectual cessou


Não há mais gênios,


embora se achem ainda

Todos nascemos 1, uns zílhõens à direita e outros zilhõens à esquerda, ah, tem 1 zilhõens em qualquer outra direção. Somos 1 em zilhõens...Bom, não?

Igual a pavê de limão
leva isso e aquilo
no fim, uns acham azedo
outros doce
mas a receita é esta mesma
limão açucar creme bolacha
o lance é a forma e o ingrediente
fica lindo na mão certa
e horroroso na mão que não acerta
mas, é pavê.
Será a mão?
Ou os ingredientes?
Diga-me.