sábado, 8 de maio de 2010

Seja anônimo, um dia de cada vez...

Não, não é preciso nenhum esforço descomunal
nem adquirir no mercado negro a fonte anabolizante da poderosa massa insignificante
nenhuma dieta estelar
nenhum livro de cabeça estratosférica
nenhuma roupa de grife exaustivamente copiada aqui e na China
nenhum tênis futurista, daqueles de plantar os pés no chão e sua coluna no teto
nenhum rótulo de vinho de safra selecionada pelas prateleiras das farmácias
nenhuma taça de cristal que quebra invariavelmente na pia, na festa, na mudança
nenhum prêmio desde o jardim de infância
nenhum currículo quilométrico
vá direto ao ponto CC (cargo e carreira)
nenhum carro do ano que sempre muda o designer no semestre
nem flex nem disléxico porque a tecnologia ainda não está apta a aliar combustível e motorista
nem eco nem treco, já que ninguém sabe até hoje separar o próprio lixo
nem suburbano nem mundano, porque um quer ser o outro, intelectualmente conta pontos...
nem oficial nem contrabando, há um degrau no dna de cada um perfeito nesse mix
nem às claras nem debaixo do pano, idem
não pegue leve nem pesado porque muitos preferem deixar ali mesmo
nem G nem L nem S, já que dá confusão assumir preferências quanto mais siglas
então, para simplificar o simples,
seja somente um EH
= ente humano
Ser vivente
despojado
ativo, desativado
de 0 a 100
despontuado
movido a paixões
ultrassônicas
de preferência educado
e engraçado.
Plugue-se nesta idéia.
Baixa o colesterol
e suas siglas enigmáticas,
HDL, LDL,
a pressão
e desvenda uma dúvida corrosiva:
autoestima, é baixa ou alta?
Liga, não.
Desliga.
O mesmo ocorre quando alguém morre:
correu risco de vida ou risco de morte?....
Viva.

goteiras de insônia

acordo sem dormir
lá fora a vez do dia espera
cedo ou tarde sempre aqui