segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Revendo O Ovo da Serpente

Bergman  foi o cineasta da minha pós adolescência
nem sei se tive adolescência
Eu já estava em São Paulo
e queria mais que estar
queria participar
Ledo engano
Ninguém participa de São Paulo
Ou vive ou morre
Simples assim
como estalar os dedos
Mas, voltando ao Ovo da Serpente
Revejo um filme brilhante
e doloroso
Que mostra o início
de uma das mais atrozes
décadas da história humana
A Alemanha engatinhava
no horror
até gerá-lo de verdade
O mais atroz é a minha releitura
de novo
E olhar da minha janela
a vida
assim
ao estalar de outros dedos
Viver ou morrer

(o estalo foi uma inspiração da conversa com meu irmão Willian)

Opulência das eternidades

Possantes



valentes



bitelos



nanoplus



Maximizam-me



em equações



desciplinares



alçar, levantar, voar



em asas



tão sem matéria



tão sem sustentação



tão sem



que são



o átimo



superlativo



sem descrição



Sabe?



Passamos



Eras de nós
  
 Somos
 jamais
 sempre