sexta-feira, 24 de maio de 2013

A idade do nosso tempo, quem sabe?


I
Ao se apaixonarem
Enquanto estiverem juntos
Amalgamados
untados
Fiquem junto à vontade
Não atados, apenas ligados
Por um fio de esperança
Façam quase perfeita a unidade
Lado a lado, como quadrados
Como se a Física não existisse
E, se existe, façam a Química,
A Matemática, a Geometria,
A Geografia da mínima confiança
Que se conquista
E se não bastassem, façam de tudo
Para não fazerem porcaria
Porque é
Por um nó ou outro
Da imaterialidade
que se jogam os dados da realidade


II
Sempre gostei
Amei, detestei, odiei
Com sinceridade
Vivi de verdade
Até que o momento se foi
Vívido, independente, carente,
interdependente
E...
Acabou
Zerou o cronômetro da falsidade
Não pudemos mais
Lutar contra a efemeridade


III
Vivemos, sofremos, choramos. rimos
esses argumentos nos mostraram
que o tudo não é capaz
De  nos ligarmos à eternidade


IV
Alguns outros amores
Tivemos
gostosos embaraços
Mas nem laços fizemos


V
Amar novamente?
Aí está a simples
Complexidade...
certamente