quarta-feira, 15 de julho de 2009

Papagaio testamenteiro abre mais uma vez o bico alicate

'somos algo que transcende toda a espécie humana parenteral'
'o conhecimento é importante, mas é mais importante o reconhecimento'
'fazemos tempestade até com caco de vidro e raios' (by Marialice)
'por uma questão moral e humana, a Justiça deveria, de vez, arrancar a venda dos olhos!'

Reme o mundo com asas


Não há escudo
para ondas de antagonia
nem muros
para a bílis da selvageria
...se dizia
que a fúria da ambição
desmedia
... então, repartia
não só o passado,
de arrastão também o
futuro
Era a iguaria
do barquejar excuso
em plena pirataria
que qualquer reinado
financiaria.
Abrir a tumbaria,
o que não significaria,
devolver ao dia
toda a sabedoria.
Vamos deixar a restia
aos que exalam
até na romaria
a antipatia
Façamos da
simpatia
planetária
uma profecia
nada rasa
para nossa causa
sem hipocrisia
O fôlego poupado
na carestia
o âmago sacrificado
na rebeldia
agora, a nossa
montaria
deve bater estrada
como Pegasus
na imortal ventania.

à sombra doce do abacateiro centenário

Almeirão japonês
folhas de mostarda
fatiadinhos
alho e azeite
para combinar
um gilosinho
pouco sal
amolecido em água fervente
de susto
cebola transparente
chamando os arredores
saborosamente
bom de se cheirar
enquanto a cana
aos pedaços
vai pra bezerrada
fora do curral
- busca-se as cinzas fictícias de jatobá -
canta Caetano
outro, um cd dos 80
ficamos feito lanterninhas de cinema
sob lua cheia
lentamente
com a alma acesa
olhando os contornos
da natureza
do sul de Minas
na varanda do leste paulista
casa lotada
bambá de frigideira
nunca chega a saideira
nem no dia seguinte
traz uma amena
certeza
que provém da grandeza
de soltar o coração
ao vento e chuva
já que a noite assanha
a madrugadeira
sem porta
portão
porteira