quarta-feira, 22 de julho de 2009

Feitios baldios urbanos

Demorei para encantar um simples jardim
Nada especial, mas fagulhas de mim
para tudo quanto é canto
ínfimas parcelas semeadas
contribuidas
cooperadas
partilhas de desajeito
das quais
é bom tirar proveito
bom
jeca urbana
me sinto
repatriada a mim mesma
cumprindo a tarefa de alegrar
o drama.
Simples demais quando o canto
é de cor e salteado
Salvo engano
dou balão
nos desatinos
os quais tempero
com hermanos....

fins de mundo 'mundii'


me responda

com toda boa

ou má vontade

coçando o dedão do pé

a cabeça

bocejando

limpando as unhas

os dentes

mentindo a idade.

à toa

olhando sem ver

a janela

o namorado

a mulher

por favor,

se der,

como é viver num desses

finais de mapa distante?

aquela luzinha no breu,

um pisca-pisca do nada

saltitante?


ausência esparramada

Ao dormir no teu vazio
não adormeço
nem sonho
à noite às escuras
é frio
o passear pelos cômodos