domingo, 28 de julho de 2013

Imponderável nossa passagem Terra

Apreendi com os celestes
que a vida em Terra
se faz de conta
E assim permaneço
no posto de vigia que me coube
Não sondar
apenas vigiar o horizonte
Está aceso ou apagado?
Vou Lá e o alimento
com grãos de Órion

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Em tua companhia, alma

Sigo com a minha quase quieta
bebo e me alimento à tua sombra gigante
Ouço teu ressonar e cantas a canção de ninar
Teus passos apenas roçam o chão
Sussurram na relva
Como é teu coração
Teu dormir e acordar
me desperta


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nunca fomos a Paris

Sai de fininho como quem
já morreu de rir de tudo
e me deixa nuvens 
que só um gênio desenharia
O que elas dizem?
Que todas as minhas lágrimas
se condensaram
e choveram
e chovi
Assim como rimos todas as décadas
e vivemos num eterno abraço
de almas amigas
A fé é indolor?
a fé é dolorosamente a dor?
Disfarçada, maquiada
engana a dor?
À la Fernando Pessoa
À la Maria Bethânia
que você tanto amou
Esta lacuna é imperdoável
Queria ir também
me ensine como se faz isso

(ao meu mais genial e maravilhoso amigo José Riviti)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Trafego por caminhos de mim

E o dia tem duas noites:
a hora em que acordo
a hora em que eu durmo