segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Plantando batatas ao lusitano Teófilo Braga e ao holandês Van Gogh


Minha nova atividade sensorial
resume-se a este reaprendizado
totalmente novo e inusitado
afrouxando a gargantilha
de rubis
desatando meus nós de ouro e diamantes
desvestindo até o próprio cognitivo
de seus berloques pedantes
Desfaz-se a água cheia de bolinhas
brilhantes
e gelo
substituída pela torneiral
Vou a campo
sob sol, fardo, curvaturas incômodas
da espinha dorsal
dobraduras férreas,
triangulares
Mas, só assim,
carpindo, arando, gradeando,
semeando o sólido,
o bruto
me sinto menos estúpida
quando olho o plantar
sutil e súbito
de meu vivencial.
plantando batatas