terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011, mais uma nova porta se abre para mais uma nova década

Faça uma excursão bem relaxante para dentro de si mesmo
Programe passeios revigorantes pela sua mente e coração
Escale seus pensamentos com coragem e ânimo
Faça passeios ao antardecer pela orla de sua memória
Respire bem devagar fitando sua montanha de problemas
Admire-a e sorria
É hora de entrar em forma para removê-la
Transforme seus hábitos alimentares em pequenos prazeres
Faça caminhadas regulares toda manhã pelos seus guardados
e vá catando todo o entulho de problemas jogados pelo seu caminho
Vista-se com roupas leves e coloridas no verão de alegria e humildade
Não economize seus sonhos
planos, bons pensamentos, boas palavras e bons fluidos
Acendas todas as luzes de sua alma
Escancare suas janelas internas
Arranque as grades da sua energia e dance muito
Deixe em alto e bom som seu respeito à natureza
e mãos à obra para edificar sua humanidade real
Encha cara de possibilidades e comemore mais uma chance
pode ser a última

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vagas ao Lume (~~~~tétis~~~~)


Clareia minha vidência clara

em claro clareira à vista

chameia minha clareza

afogada em luzes raras

de chamas abertas em faísca

A Era do Infinito Começa Agora: benvindos a uma nova infância

Estou tão feliz
que Hoje só quero brincar
fazer festança
ao seu lado
Levo até uma flor de lis
tão ao seu agrado
Pareço criança
a engatinhar

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hoje é a contagem regressiva do Agora em pleno suicídio terrestre

Contrário aos meus desejos
fiz hoje vários apelos
aos deuses inomináveis
como sou
e você também
porque somos
Não há uma receita de bolo e massa
que eu acerte
ponto pacífico
Faço misérias e riquezas na cozinha,
mas docinho,
massinha?
Tô excluída de qualquer tentativa
Assim, também faço na vida
Fazemos.
Barbaridades arrasantes com nossa sapiência
genial de poucas virtudes
e utilidades
Não somos para leigos
Estamos ao vapor do verão
deu um semibreu na Lua
deu um semiblecaute na Terra
Romântico
Oras, nem vi
Estava dormindo
Pois deveras sonhei que me vestiam de uma indumentária
alvíssima e brilhante
uma túnica oriental, sem mangas,
de seda e cetim
mal cabia em mim
Disse,não,não, não
Me aperta, me sufoca
veio, em sonho, minha mãe Alice,
ela me disse:
mas, eu e sua irmã Naila sempre a usamos...
Enfim, acabei pelada, magra e pálida
me vendo num espelho fixado no corredor
frente à porta do quarto onde eu estava
Foi melhor eu me despir do peso...
Acordei.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Refúgio exúvio etéreo

Fogem-me as borboletas




no ramalhete silvestre




Sob o disfarce de libélulas




pressinto-me ao avesso




no espelho d'água




Areia meu esconderijo




o brejo urbano




em bando defendem-me




aos alarmes pássaros tejos




Cobrem-me beija-flores




com asas helicópteras



Uma página em branco



me torna um invisível prestes



em nuvem



Meu silêncio se refugia em



tempestades de verão



enquanto meu coração



viaja ao som de trovões



ensurdecedores
Meu belo cavalo alado
o azarão
de unicórnia lança
me leva no instantâneo raio
antes que a mutação da vida
cesse minha paz e minha guerra
com uma pá de cal
formol
em bacia inox retangular
Levem-me, amigos, até onde nem a vista alcança
Levem-me, amigos,
para o boteco sideral mais próximo
na esquina cósmica da contramão
para transeuntes e motorizados
principalmente os que vêm atrás
e os que não saem do lugar













sábado, 18 de dezembro de 2010

As miragens celestinas


Gosto de andar pela casa

e seus caminhos

uns ajardinados

e floridos

outros acomodados

e bem servidos

cada cantinho

tem um carinho

apesar de simples

e pequena

cresce na luz que entra

na luz que sai

o branco, o safári,

a palha da taquara,

os desenhos em ladrilhos antigos pelo chão de cimento

os cabides de roupa

amadeirados

outros em ferro desenhado

rosas e guarda-chuvas

fechaduras grandes

quase tudo na cor da bandeira italiana

em plena edificação colonial

suas linhas retas

suas telhas encoxadas

as pedras são tomé

outras de vários recantos

que enfeitam muretas

mas é na cabeça do quintal

que passeiam as nuvens

das quais amamos as conformações

de vento em vento

passam do brocado

ao liso esvoaçante

quase que instantaneamente

vestindo o plácido azul

celestial

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Novos dias, novos rumos, a véspera de nós mesmos

Apesar de toda a euforia
política e institucional
angariei sonoras perdas neste ano
caladas, vagarosas, intensas,
a maioria
presumo
de prejuízo irremediável
O ganho partiu-se de outra esfera
em partículas
assim como me parece
a nobreza estelar de pleno desconhecimento
das necessidades quando se é, ainda, humano
pergunte-se onde larguei o ser
Sei Lá.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eliodora é Bárbara


Fomos numa manhã de sábado

até sua casa antiga

teto baixo na entrada

janelões, taquaras, cômodos desnudos

Ao nu está seu busto de bronze

no jardim pelado

e nos olha dentro enquanto é fora

Nos olha fora enquanto é dentro

bem defronte, a imponência colonial

religiosa

nada franciscana

mas de São Francisco em torres

sinos, escadario

verte o cinza e o cobre espesso

Contrasta com suas paredes brancas

e janelas azuis royal

Sua imagem se veste férrea

assim com foi a sua história

de mulher
(para saber mais só indo a São João del Rei-MG-BR)

A falta preenche tanto espaço que até faz falta um espaço

O silêncio posto a ferros
gruda feito chiclete que se mastiga
sozinho aos berros
como um espichar viscoso
e perfumado de dentes e língua
baba no decote sem alça
um cuspe à míngua

domingo, 12 de dezembro de 2010

Que nome tens?

Em alto mar
vigio o horizonte mutável
com olho de astrolábio
Sou crista de vagalhões planisféricos
de conteúdo instável
movediço
pronta a lançar em terreno firme
qualquer tipo de naufrágio

Dorme, dorme, dorme

O acordar
enquanto coo o café
olho
a réstia da manhã
nuvens brancas
se entrelaçam
de vento
cobre-as de ouro
um sol enorme
de alento
dorme, dorme, dorme
amanheço acordada
de pé
Já dizia o Zé
meu amigo ora ítalo,
ora franco, ora inglês
lá vem a vida manca
toda em português

sábado, 11 de dezembro de 2010

À grande família pequena, brinde às saúdes




Em casa, Tiradentes, MG, BR


que poucos conhecem


mas muitos gostam


fizemos um final de semana


acontecer


ao sabor de nossa gratidão


e com o coração cheio de retratos amigos


Em homenagem ao familiar


sem ser preciso o dna


nenhum parentesco


mas, aqueles nascidos


de ventre de trigo.


A fome bateu.


Sobrinhão e querida Evê,


olhem só o gourmet:


bacalhau do Porto


arroz integral


batatas


uvas passas


cenoura


cebola e alho


gengibre


azeitonas pretas


tomates longa vida


ovo de galinha caipira


azeite Borges


cenourinha


com pimentinhas moídas


e a glamourosa dedo de moça


Só uma ou outra pedrinha de sal grosso
creme de nata por último


Vinho Toso, tinto.


Posso ter esquecido


o dia seguinte,com alguma dúvida.


Não havia...








sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Por que tudo agora

A fresta do tempo se impacienta
à porta do embora
no rapel de falsas esperanças
as verdadeiras pousam para fotos
sobe, sobe
sabe
a busca por um ímpeto de saliência
que leva junto o crivo da alma
feito cabresto
laça-me o ângulo imperfeito
na cilada da calma que descora
sem trégua

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Que pensas? Sonhas? Eu também: a pressa se apressa

Sou margem

sou rio

a traquinagem

do barco
no redemoinho
de calafrio
Pressinto sua bússola
sabe meu endereço
de doce sombreado vazio
em gloriosas flores secretas
atadas à mim em deliciosa
boemia eclética
- assovio
Lá a ferida em fístula cármica
da alma
sara
Se cura
no atavio
do dia e do tarde
Morde
com seus caninos
de estio
meu cio em alarde
Não passo de um terreno baldio
alagado.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mundo Brasil ou Brasil Mundo?

Estamos testemunhando
uma era muito peculiar
ao gosto e sabor dos cínicos
e de um único amigo meu:
até o que é de graça também se rouba...

domingo, 28 de novembro de 2010

Da hora mais rápida do Planeta, devagar é possível...

Fui e sou fã de Airton Senna
Por isso digo:
esse
Barrichelo é Massa!
E falo pulando do carro em movimento.

Finalmente, O Brasil se rende à paz e luta

A comoção não é uma estratégia,
é o derradeiro confronto
Ninguém aguenta mais a barbárie moderna
Não fomos feitos para o horror
Que a vida prevaleça em todos os sentidos
A vida é uma dádiva
não pode ser barganhada
surrupiada, inventada, explorada
O Rio de Janeiro hoje é um exemplo
de que há solução, sim.
E a solução é ouvir que se quer viver:
viver Bem.
A sociedade brasileira quer viver
e de bem com a vida.
Por isso, lembre-se que este passinho dado
é real e de verdade.
Fará toda a diferença na História.
Porque diz basta , ouve e acontece.
À luta.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

No estradeiro existencial (mínima e máxima)

... ' Não corra atrás de mim...
corra à minha frente'...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

'Complexo do Alemão' incendeia a Cidade Maravilhosa

Não, não...
não é replay de TV
ou a bíblica controversa do Nero
É o Rio de Janeiro lá embaixo
e a Favela lá em cima...
Imaginou você por quê se chama
'Complexo do Alemão'
a favela mais perigosa deste País?
Pelo menos, no Rio...
Ou descobriram agora que há surtados no morro
ou que os surtados no morro têm drogas e arsenal de armas.
Lógico que tem também adeptos e consumidores,
com as costas estreitas e/ou incrivelmente largas...
Cérebro?
Não sei.
Sei que o helicóptero da TV filma a bandidagem no esconderijo
(a céu aberto e endereço visível até no Google)
e a polícia atira e prende sem 'ver'o que vemos no noticiário
escancaradamente
Ah, Rio de Janeiro, maravilhoso.
Por que?
Por que?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Já passou da hora de vermos em que pé estamos no Planeta

Digamos que alguns estão aqui há poucos dias
outros, algumas semanas
muitos, há meses,
há aqueles que contam dias, semanas e meses
os mais apressadinhos, contam horas, minutos e segundos
e fazem cálculos
vamos incluir os resistentes em anos
os mais persistentes, em século
talvez,
sejam mais agraciados em longevidade,
ainda que possamos duvidar
Há mais,
aqueles agraciados também por tão logo chegarem, se vão
Como a eternidade está fora de alcance em Terra
seria de bom tamanho avaliarmos em que pé estamos
Ainda mais com aqueles exemplares no comando do orbe
(vide coreiazinhas, estadosunidinhos,uniãozinhasovietica ,brasilzinho, europinha,
chinazinha etczinha) ainda visíveis a olho nu
fora aqueles que nem conseguimos mais vislumbrar
Oh, você tem lentes de aumento...
Muito bem.
É melhor responder em zoom
Comece debaixo para cima

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

43 anos de espera e eis um Beatles no Brasil

Paul McCartney chegou a São Paulo

Eu, em casa, em 1967,
com vitrola e rádio, TV em branco e preto,
ginasial, cidadezinha,
interior paulista, berço euclidiano

Já fui fã dos Beatles

posso dizer que desde My bonnie lies over the Ocean

sobrevivi ao She loves You

comecei a ouvir sozinha A Hard Day's Night

a andar sozinha com Day Tripper

porque havia Help

e Lady Madonna

já que todo mundo sabia cantar e tocar

Yesterday
nos bailinhos caseiros em que
também só se cantava, dançava-se, namorava-se
com Hey, Jude

Sobravam Penny Lane

Revolver

Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band

um Magical Mistery Tour

e a década voando

girando

rebolando

esgoelando

alucinadamente

preenchendo vazios

mentais e cárdios.

Me lembro bem de Dear Prudence

Martha My Dear

Back in the USSR

Eram só os Beatles

pelo planeta

menos no Brasil.

Então, Paul...

Chegou tarde?
Como disse John Lennon:
'Realize seu sonho. Você mesmo vai ter de fazer isso...
eu não posso acordar você.
Você é quem pode se acordar.'


sábado, 20 de novembro de 2010

Cabe ao espírito não caber

Um sofá de dois lugares já é muito

uma cama de casal sobra para todo canto

seis taças de vinho se basta uma

conjunto de panelas para uma iguaria

para que?

o lençol

o edredon

o ventilador de teto

uma música apenas repetidas vezes

chuveiro no verão

chocolate para um

arroz integral

é natural
um peixe de soja
uma lasanha de beringela e abobrinha
um parmesão de soja
um strogonoff de soja
um pão de grãos
um café orgânico
um vinho orgânico
uma água de fonte
uma existência orgânica
um cigarro de soja
uma vodca de soja
um tênis orgânico
vasos de soja com flores de maio e orquídea
(orgânicas...)

que florescem especificamente
(leia-se quando querem)

ou não

lá vem o jornal na porta de alguém

notícias pelo rabo de olho

a porta de entrada permanece fechada

segue seu destino incerto o lixo separado

bafora de hálito tedioso o dia
a dose de enfado na noite

faz rugas nos lábios

desodorante, shampoo,perfume
(de mato e capim... de soja, quem sabe)

a sala, o corredor, quartos, varanda

metros quadrados sobre o solo

o carro dorme na rua

não cabe na vida e a vida não cabe

no memorial quotidiano
na garagem

sem memória

ouça os pelos crescerem

a coceira no ouvido

tosse a garganta

pigarro de estórias

que cospe na pia

no ralo

dorme na cama box

TV em HD

a conta também

cadê o bem?

O ombro amigo e solitário

percorre poucas paredes
estradas

O túnel se afunila

Se toca, o telefone é mudo

e cego

Você está surdo

aqui dentro

Lá fora a sua vida

vai embora

sem sair de casa

matar ou morrer ainda não é o faz de conta

nem as balas, nem a faca, nem a miséria são orgânicas

nem de soja





sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qual é a tua cor?


?

De que cor te escondes

De que cor é a tua vítima

Qual a cor do teu medo

Teu sonho à noite é colorido

Em teu corpo, sabe a cor do teu ódio

do teu tédio

do teu rancor

Em tua mente, que cor é a do teu repente

Teu espelho espelhas que cor é a tua

Com que cor de cara tu te lanças no trânsito

Qual é a cara colorida que te mostra na rua

Quando vais ao banheiro, que cor deixa lá de ti

Me diga onde tu é branco

e onde teu irmão é negro

Tua traição de que cor é

Teu prato de comida

Tua companhia amiga

Escolhes teus caminhos em branco

Qual é a cor da verdade nua e crua

Quando assinas um documento, é em branco

Quando matas alguém, matas em branco

Quando amas, teu amor é branco

Quando odeias, teu ódio é branco

Quando olhas o jardim, tu vês tudo branco

Levas tua vida em branco

Qual é a tua

?

V i a j a r, de viajei

E foi e fui
e vou
que as rodas não toquem apenas o chão
que acariciem as nuvens
que as rodas não girem apenas o tempo
que girem mais
longe do tormento mundano
que rodem a roda da vida
da natureza
da dormida e acordada
viagem
a que me leva
sabe?
vou, fui, irei
ainda...
ora.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De novo, o Papa, ai...


Alguém com alguma overdose cristã

possa avisá-lo do cólera no Haiti

da barriga dágua na periferia brasileira

dos estupros e assassinatos de bebês na Somália

do hitlerizinho no Irã

do genocídio feminino na China

do trabalho senil e senior escravo em escritórios capitalistas

e que Berlusconi gosta de cópulas jovens e antibíblicas

Alguém com alguma compaixão franciscana

avise-o do massacre das focas

dos golfinhos

das tartarugas
saguis
caranguejos
de todo o horóscopo
bichos e grilos
no G20 e nas matas terrestres

e que a II Guerra exterminou humanos e animais

não os raciais
e que a modernidade católica consagrou ditadores

Alguém com coragem de Pietá

avise-o que heteros são aqueles que não comem anjos

como seu séquito de saias

e que homos são aqueles que se amam

e não comem criancinhas..

Alguém aí, qualquer, avise o Papa

que ele é mais um à mercê do bezerro de ouro

e de saias

e de jóias

e de nojo da pobreza e suas doenças de horror

empanturrado-se de alimento com sangue animal

desfilando sua imagem 'imaculada' e sem pregos à realidade

Linda! Esse Papa...



sábado, 13 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Pradarias celestes


É refrescante e macio



o chão ao largo só de capim



dócil até



em verde aveludado


que escorre ao horizonte


esconde tocas ao cio


-germinam após queimadas rasteiras


criadeiras de mais pampa


Lá, ao galope de tantos


sopram todos os ventos


desde os cascudos


aos amiúdos
Respiram os anjos
em carmim
no paddock de cetim...












quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aqui é a Terra, Terra, Terra....! Câmbio! S O S!


Lá se foi minha deliciosa





e sinuosa âncora de dolphins...





perdi meus baratos





cheirando cilindros oxigênicos etílicos





meu adorável snorkel de asas lepidopteras





voou água abaixo





aladas nadadeiras uruanãs





descompromissadas






flutuam em pegadas na areia





cadê o lastro...





e o rastro do humano sensível?





Estou ao fundo





raso arquipélago





colhendo tormentas em peneiras





Acho que vi uma sereia





Foi rápido e sutil





A onda me sabotou


ao galope de jubartes


carona?


Só nos hippocampus...









quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ainda tenho uma hora até o meu dia eterno

Chove um tempo de sol



no qual



me esquivo dos equívocos



Como?



navegando junto aos ventos



póstumos



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Fiapos pontiagudos de calma


Solfejo pela minha palma
de alma
uma 'cheia' de dedos
e todos os sentidos
sem medo
que se traduz em linhas
pétreas

as correntes

intermitentes

de cicatrizes de parto

ao natural

caneta de pena

em
assinatura nascentina

feito os degraus Diamantina (MG)

como

água sobre pedras
e cristais
que desaguam fora do barco

desenham sua passagem secular
inavegável em si

navegável em fá

do rumo dó

em ré
mi

farejam brisas ao sol

espinhentas

a trilha

no horizonte

em que as pontas

são molas de cama

na lapa ancestral
abrigo dominical
forasteiro
Portal
ante os peregrinos de Maria
Rainha
Viajante (pela eterna e honrosa companhia)
(Graças a Marialice, Eliseu, Eliseu Henrique, Marilda, Josi e Guilherme, pela generosidade expressa em presença , Helena e Lauro pela concretização da magia dos guardados diamantinenses)