quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Chama que nos chama em densidade acesa


Éramos como aves
em revoada
buscando o horizonte solar
vôo em rota desgarrada
saimos atraídos pela via plásmica
ante inesperado abandono
de casa
Ao voarmos
levamos a súbita semente
transparente
de luminescência ímpar
aos pares
ainda em infância
cósmica
Percorremos infinitos remansos
caminhos
ares
como buquês floridos
que, agora,
fora de órbita,
a prumo de anjos,
em cada asa
nos alegram o regresso, o retorno,
nos levam de volta ao ninho
ei-nos
raízes aladas
- plantamos cada dor
em cores
perfumadas