segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pés na estrada cósmica (e levantando poeira)


A caravana a caminho




do estamos e



seguimos:



Ele...vamos.



Levantamos rastros estelares



dos quais somos



o girar exponencial,


ciranda



de ímãs reluzentes


Por que?



Abrimos a clarabóia mental




estendemos as mãos



ao flamularmos o passaporte espiritual,




crença e lembrança da Casa constelar



Lá estão



nossas raízes fluídicas


em berço


Convergimos,



piscando em eternidade



ao azul imperioso do Cosmo infinito


energias



vívidas, crísticas, atemporais



solfejando emanações


música


sons


tons


tuns




O que ouvimos quando


rastelamos nossa consciência



adâmica


na cor de nossas cores


ao solo Terra,



fio por fio



palha por palha


grão a grão


sementes


timtim por timtim


pavio de atavios



renovando a centelha




lúcida,




filigramas metafísicos

Somamos:



Todo em UM




Nada pródigos




apenas latentes,




distantes e próximos,



saudosos,



sedentos,



exaustos,




quase náufragos de nós mesmos,




descascando o peso da matéria,




para desamarrarmo-nos




da gravidade espessa.




Alçamos o vôo liberto para o colo Mãe



com o nosso arrependimento,




um acalanto de Perdão.