quinta-feira, 30 de julho de 2009

Esquivo ser em paralela

Leva-se uma sangria

até onde?

Acolho-a numa bacia
de almas
com água e sabão?
Estanco-a com azia
de desinfetante
e pano de chão?
Guardo-a para um dia
jogá-la
numa panela de pressão?
Ou abro as janelas
e faço jejum
de chorumelas?

faro de ouvido



Não é arredia
a luz da flor
que arrepia
com a magia
do seu odor

Nem é fria
a brisa
que assovia
no desenho
com lápis de cor

Toda magia
De tocar,
Cheirar,
Ter sabor,
Vem do sentir
A vida
Que se recria