quarta-feira, 30 de julho de 2014

Boa noite:cidades e estrelas, de quais luzes falamos

À vista
À noite
Quase não vemos mais estrelas
As luzes artificiais da cidade
As ofuscam
O que antes era uma visão arrebatadora
Agora
Uma ou outra é visível
Nos dá uma sensação aterradora
De estarmos sós
Que se esvazia ante abrigo futuro
Não há como olhar feito criança
Um céu particular e sonhador
Nada mais aparece no coração da alma
estrelado
Ao sondarmos visualmente o belo  infinito
Não chamamos mais
A Terra
Nosso berço para o Universo
Quando nos olhavam
Brilhantes, cálidas e intensas

As mães da Via Lactea

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A bola continua rolando...

Uniformes, chuteiras, 
cores e formas
Trânsito, obras, 
escudos e bandeiras

Como se fossem expressas
as vias
esportivas
brasileiras

Brasil é mais que gramado, 
arquibancadas
praia e areia
É mais que :
Um campinho de terra, tênis, pé descalço
Dedão que chuta alto a bola alheia
 dor, joelho esfolado, sonho almejado, sem livros e escola
 molejo, meia furada,
número 10,
meninos e meninas,
correndo
na bola, miram o gol e marcam no placar:
golaço!
É lancheira, boletim escolar,
cantina, vitamina, diploma

Somos nós, 
a voz 
que canta e trabalha
Faceira,  a capela,
na rasteira, que esfola a alma,
a outra carteira, geralmente vazia,
que cobra, marca, e o placar
não marca o medonho
jogo do zero
Mas, ainda oramos na prática
em campo
A oração do dia a dia :
sofrida
- vida brasileira.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Ante-Ontem do Amanhã que vem

Não luto contra
Luto
um ano
sem
antes do ontem
e
depois do amanhã 
se foi
de férias
 inimagináveis para muitos
 e perfeitas para poucos,
amigo meu:
meu amigo
Zé Riviti
de  uma mesma cepa
a genial estirpe