a vela regia
amazônica,
infimamente
acesa,
sem nó nas tripas,
ouvidos moucos
à verborragia
de bocas :
todos Pilatos
de mãos sujas
por mais que lavem
lavem
lavem
e levem seus lixos
ao cais do vai-e-vem
desde a britania,
lá vem ela
altiva
sobre águas
nas quais
paira a nódoa
da roubaria.
Lá vem
a senhorinha
amorenada
pequenina
voz fina
cristalina
olhos com moldura
cansada
de olhar
assustada
sua floresta
depenada.
Vamos ve-la
decolar
sobre
a torpeza.
Que seja
a vitoria
que ela
almeja.
Sem o vil
do vinil
violão
que graceja
engana
sua alteza.
Pode ser
o croche
copacabana...