quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O maciço compacto de tiradentear



Tiradentes tem logo um impacto,
uma torrente, um rumo contundente,
a Serra São José, exuberante,
presente.
Abraça incontestável história, viva, perene, de Tiradentes.
O Alferes, 
 formoso, pequeno gigante.
Vá até ele, dê a sua mão,
olhe nos olhos de quem não para de olhar você.
Porque vê tudo ao redor, incontinente.
A cidade, de quem mora, de quem chega,
mantem-se muito e pouco rotineira.
Aberta, reluzentemente decente, religiosa.
Crê em leque de fé.
Abertamente.
Tiradentes, cidade,
cresce rapidamente
devagar.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012, vamos lá, coragem,não acredite em milagres, faça-os

Já sei o que nos espera,





fechamos a janela





e lá está ela,





horrenda, escancarada,





a porta de saída,





escura e bela,





dá entrada à vida








Hoje já somos passado








e me olho anteriormente








Basta, fantasmas, basta








Nos recompoem erros consertados








Estou no presente








lá ................................................................................na frente





Inconsequente abismo,


me aviso,


fundo raso de pouco saber.


Surpreendente saber o chão de não saber,


sem fundo.


Saiba.


Faça sua muda no mundo








Por que a descrença e a desconfiança? 2012, sim, tem tudo para exterminar a humanidade!

Fazendo minhas contas



aqui no lápis e na calculadora



resolvendo intrincados teoremas



queimando as pestanas nas mirabolantes fórmulas



desde o zênite ao equinócio



perscrutando as pirâmides



as catacumbas



as trincheiras



os estábulos



o círculo de fogo



as falhas geológicas



as placas tectônicas



a literatura de cordel



a bíblia dos tolos



e seus livros sagrados



Batata!



Na mosca!



Os Maias estavam certíssimos.



Neste final de 2011



já foi claramente enunciado e constatado



que há vestígios de humanidade, apenas



E são raros os seres verdadeiramente humanos,



mas é preciso que a patologia forense se empenhe muito



nos exames minuciosos de DNA



caso a perícia colha efetivamente material autêntico



proveniente de um legítimo exemplar da raça



Talvez nas extintas bibliotecas



em salas concretas de aula



no leito de algum fio de rio esquecido na floresta



de um trecho ou outro de árvores centenárias



quem sabe na platéia de teatro sério, cômico e trágico



ou pendurado nas paredesmilionárias de museus fortemente vigiados



talvez, nas cavernas sorumbáticas sem grafites e pixações



quiçá no mofo e lodo de cidades históricas



Hum...



não ví nada nos cofres públicos



Minhas equações dizem que será humanamente quase



impossível



encontrar a humanidade em 2012



Os shoppings, bares, restaurantes e guetos de comércio populares



estarão lotados do rebanho antihumano



assim como ruas, estradas e estacionamentos



repletos de seus cascos combustivizados.



Peninha...



Mas, em homenagem a 2012, mantenhamos



a esperança.



Crave aqui sua colaboração em reais.



Ajude como puder



Com obstinação encontraremos nossa raiz



sequinha



mas, passível de ser datada e identificada



dá-lhe carbono 14 ...






segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

100 anos? Até quando queres viver?

lembra-te de teu dia de hoje
lembra-te de teu amanhecer
lembra-te de teu sorrir
de tua música
de teu espairecer
lembra-te do teu silêncio
da tua alegria
do teu sonho
da tua fantasia

ao anoitecer

lembra-te da mesa vazia

das cadeiras cheias

do copo de cerveja

tua iguaria gordurosa

a geladeira de fritas e miojos

cheia de ímãs delivery

na madrugada fria

trôpega

nem achas tua chave

chega em casa emprestada

alugada

te consideras o panaca do pedaço

bate cabeça

xinga alto

bate a porta

porque sabes que não tem volta

então, recomeças

do ponto de partida

sem ir a lugar algum de tua vida.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Para quem se dá de presente na árvore de Natal, plante 2012

Sim, sim, sim, Natal

Quantas bobagens e baboseiras

quantas lembranças infantilizadas

e

pior

prometemos crescer

Papai Noel?

Ai, lembra?

Prometemos nunca mais acreditar

E lá estamos, de novo,

acreditando nos shoppings

nos amigos invisíveis

em outras línguas: ocultos

Tenebroso receber um 'presente desconhecido'

talvez aquele coleguinha idiotizado,

aquela zinha

sem a mínima pontaria

sem um pingo de sensibilidade

apenas o paralelo da escravidão

(quer mais?)

O festim das aves

chester

perus

galos

galinhas

frangos

galetos

Assim como leitões, leitoas,

a boiada toda, inclusive

Não

Natal é sagrado, só um peixinho

churrasco de abobrinha, pimentão,

cebola

Tipo, vamos manerar porque quero sarar

meus mil anos do aborto de mim mesmo

somente neste dia, especial,

em que o Planeta segue a mira de Vênus

e renasce continuamente aquele

açoitado, crucificado, continuamente,

num hiato de tempo, emergido, eregido,

ressurgido, regurgitado

continuamente.

Imagino que ele é um vai e volta perpétuo

e que ele já está saturado dessa sangria desatada

À mesa, amiguinhos comestíveis e com fartura da morte

Desde que o tamanho seja descomunal

Com farofa...

Dizem que é dos orixás

Com vinho

Dizem que é o Baco sentado nos barris

Refrigerante, aquela aberração contumaz e frequente

Injetando pressão alta e obesidade precoce

Ah, os médicos estão cada vez mais milionários.

Os hospitais são uma grande rede hoteleira.

Quanto mais imbecil doente, melhor.

A indústria farmacêutica está de ampola em ampola

trilionária

Assim como a indústria automobilística

e a de armamentos

e as plantações que deixam os narizes

Garanto, que fizemos todos mais felizes,

porque estouramos o cartão de crédito e o fígado.

Mas, rimos, cantamos desafinadamente,

enchemos a paciência de todo mundo

e ainda vomitamos na pia

Em 2012 , faremos tudo de novo?

Igual

Outra vez

...


sábado, 10 de dezembro de 2011

'Alguém' tem que fazer o trabalho sujo?

Por que?

Nos consideramos tão nobres que não limpamos a nossa sujeira

Por que?

Nos consideramos tão superiores que não catamos nosso lixo

Por que?

Condenamos o outro a limpar a nossa casa

Por que?

Escravizamos o semelhante para fazer o nosso trabalho

Por que?

Nascemos tão diferenciados se somos iguais

Por que?

Nos distanciamos de nossos próprios dejetos

Por que?

Acusamos alguém de manchar nossas nódoas

Por que?

Nos enriquecemos com a pobreza de nossos irmãos

Por que?

Sugamos a vida de outras vidas

Por que?


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates ofusca 'campeonato' do Coringão

Foi uma festa



e um velório



Festa dos jogadores regulares do campeonato brasileiro



nada de especial



Afinal, é o Coringão



Timão



sem jogadorzão



com o grandão Adriano



cevando na relva



sem ação!



Corinthiano sofredor, torcedor,tá aí.



Isso mesmo.



Na mídia só se falava de Sócrates.



Menos Ribeirão



cidade que adorava,



cedeu uma entrada de matéria principal



sobre avenidas repaginadas



- nada do Magrão,



como diz Nelson Carrer Jr



jornalista perspicaz



Dizem outros jornalistas,



O calcanhar de ouro era santista de coração...



Um amigo meu, revisitado,



que hoje mora na França



Jornalista também, e dos bons,



Roberto Trigueirinho



Acompanhou nos anos 80 uma passagem do Doutor na Europa



Em entrevista, no ano de 1983, Sócrates responde a uma pergunta :



gostaria de morrer num domingo com o Corinthians campeão


E mais


nos comentários locais, regionais,


nacionais e internacionais,


muito além do que a cidade de Ribeirão fez,


dizem os especialistas:


'Sócrates não deixa nenhum sucessor!


Politizado e talentoso.


Não foi à toa que ele se fez Doutor'


Estudou, se formou, mostrou a que veio.


Bebeu sua vida gloriosa.


Quem pode dizer que não.


Principalmente aqueles que bebem sua vida desastrosa...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Pára, Pará!

Duvido que alguém duvide que haja alguma sanidade nesta divisão

Um muro de berlim separando o bem do mal

Nada disso, tudo é uma politicália

e a politicália deveria eregir sua própria cidade

em algum lugar do Planeta Oxiúrus

Querem mais cadeiras na Câmara e no Senado

e isso quer dizer

mais dinheiro público para quem não faz nada

Mas é eleito ao salário monumental

da inércia e omissão políticas

Se fossem sérios

trabalhariam em prol do Estado

e não na divisão do butim

Cortaram ao meio a responsabilidade

pelo contínuo saque de reservas naturais e financeiras de Mato Grosso

- Ah, dizem os inocentes, não fui eu.

No Pará, será a mesma coisa...

Sócrates, o gol de calcanhar genial, foi embora

Muitos falarão de Sócrates



Eu o conheci no início dos anos 80



em Ribeirão Preto



numa entrevista gravada que sumiu



e nunca foi publicada



A revista, local, quase regional,



na época, mal pagava colaboradores



e mal publicava matérias importantes.



Me lembro de nós três, eu , Adriana Canova e ele



Sentados num banco da praça do jardim América



O Dr. , que fizera maravilhas no futebol



como seu famoso gol de calcanhar,



alto, magrelo, vozeirão, calmo,



sorria também com os olhos,



um ser brilhante



Tão brilhante que nunca mais me esqueci.



E agora, sua luz terrena se apaga.



Continua na espiritualidade,



reluzente.




Copa 2010 na África: Desmond Tutu e Sócrates



sábado, 3 de dezembro de 2011

Sonho atravessado

em algum lugar

engastalhou
se engraçou com outro sonho
bebeu demais
perdeu o rumo
passou batido

tornou-se medonho


cansou de ninguém
não deu descarga
esqueceu o modess
o ob
o creme hidratante
usou o esfoliante

sumiu
no gracejo

do espelho


talvez

quem sabe
assumiu o armário
foi de embrulho
tropeçou na ponte
caiu na correnteza escura
encarou o avesso

e o contrário

perdeu o trem
babou no travesseiro
acabou a pilha
não recarregou a bateria
dormiu no ponto
encontrou as estribeiras
chapou logo de cara
patinou no barro

atolou à seco

colocou durex na quilha

cuspe na armadilha


bateu na porta errada
fez mira, errou
vai ver

não me viu




A Prece que nos Abastece


Seres amados da Vida
Seres amados da Essência Cristalina
Seres amados dos Princípios Primordiais
Seres amados das Eras sem fim
Eras universais
cobri-nos com vossos mantos de perdão iluminados
com vossas vestes de amor translúcidas
que curam que saram que consagram
em dimensões de comunhão reunida
- amarguras
dores
males que sangram
nossa carne e alma
por descrença consumida-
que envolvam nossas energias
de pureza
e as revigorem
com vossas luzes divinas
e as conduzam
e que possamos alcançar a graça e a leveza
de todas as Graças bem vindas

e vividas
para que nossas asas se abram
ante a saudação de Vossa Presença
Alegre e de Bondade Infinita
Graças, Graças e Graças

domingo, 27 de novembro de 2011

Cruzes, Deus me livre, se você sou eu e eu sou você!

Ora, Ora

Humanos e Humanidade

Dizem que somos parecidos

Tão aos pares que nos combinamos

Tão aos ímpares que nos conjugamos

Tão próximos que somos quase iguais

Tão diferentes que somos dnas antigos

Tão nós e tão eles

tão zorós

que chegamos ao impasse do quem

quer ser quem

Só sei que não quero ser você

Tenho urticária

meu estômago embrulha

meus pelos arrepiam

vomito a vertigem

de tão arrepiante

inexequível semelhança

Não posso me aprofundar nesse espelho

grotesco e insensível

de você em mim

nem de mim em você

A bo mi no me

Por tabela,

A bo mi ne me



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Que falam os ventos?

descortinados

recortados

arreganhados

assoviam

tiram fina

levantam

espiam

azucrinam

embalam

enveredam

alçam

desprendem

despreendem

lisos

crespos

de chofre

impactam

imprevisíveis

rebeldes

sopram

tossem

vociferam

grunhem

rosnam

arrancam pregos

desparafusam

arrancam arcadas

dentárias

centenárias

cimentos

telhas

levam cuspe

perdigotam

redemoinham

saci

balançam cachos de uvas

colméias de abelhas

levantam telhas

sacodem cumieras

derrubam muros

estribam paineiras

lá está a árvore matriz

arrancada pela raiz

zumbem

reverberam

anunciam

devastadores

o afago

o safanão

o coice

o vergalhão

entorta o ferro

retorce a rocha

o curso muda de endereço

a terra deita

o caminho segue outra direção

reza a plantação

ajoelham-se os lá fora

quebra o iceberg

desloca o eixo

penteia o fundo

despenteia o raso

sacode o lençol

à risca rasga

rasga à risca

indomável

vento

ventania

tornado

furacão

brisa sem bridão







segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Por que uma cidade antiga não desperta para a eternidade?




A cidade de Tiradentes-MG só agora lida com sua mais execrável realidade, ante a exuberante Serra São José e relevo acidental geográfico privilegiado. Não sabe onde jogar, tratar e destinar o cocô de habitantes e turísticos. Quer afundar a coisa na várzea, porque, como diz o expert em nada, esgoto não sobe morro... No último dia 20 de novembro, pós Dia da Bandeira, alguns inconformados com a porcaria, sairam aos brados pela inércia e corruptiva política da cidade, assaz em regiões brasileiras. Palavra de ordem: CocôPasa! CocôPasa!
Sobre o córrego Santo Antonio: Cocôrrego!
Prefeito e subordinados não atendem ao pós-moderno há anos.
São cegos, surdos e , pasmem!, mudos às questões que elevam uma cidade com cerca de 7 mil habitantes, herdeiros da luz e sombra de um mártir, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,
só contabilizando os lucros de um turismo predador.
Coitado. Continua mártir 300 anos depois.
Os algozes , mais vivos do que nunca, 300 anos depois.

domingo, 6 de novembro de 2011

Planeta Terra, náufraga à vista

Mundo
corro atrás de você
nas asas de uma borboleta
violeta
me prende na ponta do alfinete
Mundo
corro atrás de você
nas garras de um caranguejo
me põe vivo na panela de água fervente
Mundo
corro atrás de você
no casco de um altivo nelore no pasto
me abate com martelo e me serve no churrasco
Mundo
corro atrás de você
no cantar de um pintassilgo fidalgo
e me cala na agonia da extinção engaiolada
Mundo
corro atrás de você
feito pipa ganhando a imensidão do céu
a linha de cerol corta a jugular de quem roda ao léu
Mundo
corro atrás de você
nas barbatanas de um surubim pintado
e me fisga no anzol para fatiar minha espinha
Mundo
corro atrás de você
com meus galhos frondosos
e ceifa minha sombra no machado
Mundo
corro atrás de você
lavando com minha água doce teu cansaço
e me prende em rios de esgoto
Mundo
corro atrás de você
com meu solo fértil que cresce em teu prato de comida
envenena minhas entranhas com herbicida
Mundo
começo a correr de você

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ás dos aventais tecidos, Marcelo Blade, alfaiArte

Evento após evento

em Tiradentes (MG/BR)

lá está presente

Marcelo Blade

- de Belo Horizonte -

alfaiate exímio na agulha,

tesoura, giz, fita métrica,

régua, alfinete,

arte à ponta do espeto

Um esgrimista do riscado,

bordado, brocado,

espirituoso

na

costura

de aventais

de inusitado

feitio

para

gourmets


domingo, 11 de setembro de 2011

Serra São José, Tiradentes-MG, três dias em contínua combustão




Um vento
e
basta
A vida queima
escorre a fumaça
só se vê o rastro do carvão
Um vento
sacode
O tempo desembesta
só se vê a vidraça
do lado de fora
da escuridão
Um vento
esbarra
O cristal trinca
a vista embaça
e leva ao escorregão
do embora
Um vento
espana
a fagulha se inflama
dispara o fogo
incisivo desde o chão
Um vento
estala
O mataréu envergalha
vira palha
esparrama cinzas
no que resta da floresta
Um vento
assovia




não sobra planta, pássaro, bicho,




plantação




Criminoso ou não,




o fogo não queima a culpa,




alimenta-a




continuamente.












(uma homenagem aos bravos voluntários e bombeiros )








quarta-feira, 31 de agosto de 2011

confeitos insones

De olhos fechados
desperto
Teus gestos afetados
de perto


A alma lambe
rindo as asas feridas
em ziguezague

domingo, 28 de agosto de 2011

Sara e Cura, para quem aprende

Os antigos diziam assim:

ponha a doença na panelaça

que passa

Na verdade,

faço isso

sem saber porquê

mais é para ver

se você

se anima

eu, não ligo a mínima,

gosto mesmo, sim,

de uma boa conversa

de estar em festa

com a vida

Me interessa

teorias e alegrias

não invejo o fracasso

a mágoa

a tristeza

porque

problema,

querido,querida,

é a solução

matemática

da antipatia

que chega ao resultado

simpática

domingo, 21 de agosto de 2011

Tiradentes-MG à mesa aos cadinhos e bocadinhos, como reza a cerimoniosa gastronomia



Pode parecer um festim de vaidades culinárias


Pode, uai



Chefs, como o não menos Alex Atala,




maestro das iguarias,




que convida Beth Beltrão,




que abre alas para Ariani Malouf,






que lequeia Fernando e Juliano Basile,






Paco Roncero






mais Joca Pontes, José Barattino, Arnor Porto,






Roberto Cerea e Rodrigo Oliveira



regendo cardápios rejuvenescidos




antigos sabores em novas alquimias



Então




A cidade reza outro terço


na décima quarta edição


do evento


e reverencia




outros andores




aqueles de mesa em mesa




de fogão em fogão


restaurante a restaurante


com aprimorada alma


na palma da mão


ao feitio de um rosário


de beira aprimorada



A cidade tem seus talentos também:





Ora pro Nobis ( João)



Theatro da Villa (Cadu e Cafe)


Santíssima Trindade (Nancy)



entre outros



E eis a



Casa Tavarana ( Chef Nathy)



Quase todos se rendem à bíblia das refeições inusitadas



um deleite para beatos comensais


Foi a nossa escolha inicial:



camarão VG, flambado na cachaça,



gengibre e molho Teriyaki



depois pataniscas de bacalhau



mais





salmão com alecrim





musseline de inhame e castanha do pará



alcachofras em coração





Vale dizer que regamos tudo



aos vinhos




e a sobremesa de sorvete


feito de queijo às frutas vermelhas


O desfecho

delicada surpresa
em cortesia




um cálice de vinho do porto para cada um



Como diz o mineiro esperto:



Belez!

Como aprendemos a dizer: abençsz!








Agradecemos a 'luxuosa presença' (sic Leda Nagle) em bela companhia de Marialice, Túlio, Fabiana, Carol e Igor

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Favela Só Muda de Endereço em Ribeirão Preto -SP-BR





Paliativos políticos fazem a farra





no Brasil





- desde a Colônia Magna Portuguesa -





Costuram estradas esburacadas com o DNA





dos usuários





Consertam as árvores das florestas devastadas





com super bonder





Constroem cidades desmanteladas com





ovo kinder





Prendem criminosos confessos





dentro de suas próprias casas





escancaradas





e emitem passaportes para que fujam do País





A pena por dirigir bêbado e matar o que estiver na frente





é uma multa


perda de pontos na carteira de habilitação


(deviam prender o instrutor, na ausência dos pais)





A pena por usar um revólver calibrado





e assassinar quem estiver na frente





é o habeas corpus


mais o atestado de bons antecedentes


junto ao réu primário





A pena por matar onças em turismo





é uma advertência


(deve ser por divulgar a matança na internet) e

por incentivar descaradamente um turismo predador

Turismo=predador

Num é igual e viceversa?





A pena por uso e tráfico de drogas





é reeducação alimentar (de outras drogas)


terapia ocupacional


(deve ser como enrolar corretamente um baseado, cheirar e acender devidamente)

Talvez limpar a própria privada

suas próprias partes

arrumar a própria cama

estudar o abecedário, pelo menos

os verbos, conjuga-los

plantar para colher e comer

quem sabe um minicurso de economia capitalista

Quanto você custa e quanto você vale?

Ou, quem sabe..

Ter tesão na própria mão quando não há ninguém afim de você

até

entender que você não é rei, nem rainha e nunca será

Assim como bilhões no Planeta


A pena por reclamar do vizinho sociopata

é mudar-se dele


deixando-o 'reinar e vociferar' junto ao mix sertanejo em 200 decibéis


A pena por estupro


é a de vedar suas partes íntimas com cola plástica


ou sofrer a penalização máxima por usar decote e short


-o que atiça o animalesco macho sem lei e sem dono-


A pena por sofrer com as intempéries


é perder tudo


condenados a recomeçar do ZERO


e a da Prefeitura

é usar a verba para fortalecer a própria vida política e familia
A pena por ser pobre e ignorante

é votar no analfabeto comediante


A pena por trazer à tona cadáveres da ditadura


é sofrer ameaças da ditadura viva

A pena por denunciar meninos e meninas da classe A,B,C,D

é reaprender o abecedário a partir do Z

Noves fora, nada

Imaginem, então, em uma das mais ousadas cidades


do Estado de São Paulo,


que elegeu, pela primeira vez, uma candidata pink,

ou seja, sempre pintou a cor de rosa nas mazelas,

nela própria, que recebeu votos de centenas de favelados,

eliminando, paliativamente, uma ou duas favelas

numa cidade cercada por elas,

isso desde 1970...

Os moradores da humanidade Z vão ascender ao urbano,

com saneamento básico...

Vejam a 'espécie' em ação...em pleno 2011....

Jogam suas tralhas no córrego Tanquinho,

devidamente poluído desde a mesma data.

domingo, 31 de julho de 2011

Por que ninguém mais vence e só apresenta currículo

Seja na praia, no campo, nas ruas

nas cidades

Porque não é mais real

Porque é só ilusão

Porque o dinheiro não existe

Porque a vida não se compra

E talento, então?

Não é gênio, nem genial,

ainda que seja

Falhou

Deuses falham?

Sim e muito

Pobres daqueles que se creditam poderes
Pobres daqueles que se creditam donos
Pobres daqueles que se creditam proprietários
Pobres daqueles que se creditam magos


Pobres daqueles que se creditam deuses



Pobres daqueles que se creditam iluminados


Pobres daqueles que se creditam escolhidos


Pobres daqueles que se creditam espertos


Pobres daqueles que se creditam únicos


Pobres daqueles que se creditam outros



Se vocês remoerem as memórias, cuidado para elas não os morderem


Isso leva anos...


Sorry, moçada apta a ocupar, ansiosamente,


um cargo sem peso na Vida...e ganhando por isso


tkstks..

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Acesas as lanternitudes da Humanidade

É reconfortante saber

que em algum lugar do Planeta

alguém mantém a lanterna

da amizade acesa

Ainda que pareça apenas uma luzinha

indecifrável

trêmula

quase indefinível

sabe-se que permanece

a tantos outros

coesa

A amizade é um ser perene

feito flâmula

com a insígnia do coração

estrelinha

Por mais que a tropa

caminhe

atrelável

algum desgarrado

encontra a chaminé

ardente

o cobertor

a sopa

o bule de café

quente

De quebra,

água

fresquinha...

domingo, 24 de julho de 2011

Deixa ver se entendi

Peço uns minutos terráqueos...


quem quiser me acompanhe...


....um juiz proibiu a exibição do filme


The Serbian Film, TERROR (a maiúscula é por minha conta)

Sem limites,


no Rio de Janeiro, num Festival de outras obras

fantásticas, ou seja, do gênero

Fico aqui pensando na minha TV

no meu PC

no meu HD

celular

na minha vizinhança

nas ruas, avenidas e estradas...

Tá, tá bom

às vezes,penso no Papa

E um juiz proíbe um filme sobre exatamente

a realidade atual, real, 'fantástica'?

Posso ir mais longe: a realidade passada,

contínua e mimética?

Vamos mais fundo: a realidade debaixo da cama, do tapete,

do altar?

Vamos mais: a realidade inconcebível concebida?

Num entendi....Num entendo...

sábado, 23 de julho de 2011

Amy, raras asas peroladas que, finalmente, alcançam a imensidão



Ela fez tudo



experimentou tudo



ousou tudo



improvisou tudo



e esqueceu também



para, finalmente, voar



Sua voz magnífica



embalou e acordou até os tímpanos



serenos do Cosmo



Disse ele: então, venha!



E ela foi: um gênio musical,



Amy Winehouse,



que a tantos serviu de piadas,



risos, vaias, inveja



Porque era insuportavelmente única



um álamo para abrigar beócios



Ela, hoje, disse: tchau






terça-feira, 19 de julho de 2011

SagAlice vence Harry Potter

Confesso que não lí





Confesso que não assisti





Confesso que nem vou





me ater à maratona do bruxinho





Mas, rendo minha condição humana





e minha transcendência dimensional





ao silêncio cativante de Alice





que desde 2001 persegue e desvenda





os itinerários da série Harry Potter,





diga-se, fenômeno de bilheteria





e histeria de fãs





Sei apenas que cresceram lendo e se encantando com a magia





de um menino e seus amigos (também os inimigos)





mesclando melancolia e heroísmo,





utilizando-se da privilegiada e secreta escola





de poderes inimaginavelmente imagináveis





Mas, prevalece aqui a saga de uma criança adulta,





hoje,





catapultada à vida real por essa 'força poderosa':





não só subiu ao palco estrelado no Rio de Janeiro





por Tom Felton, como venceu os desafios





para estar ali.





Alice Fagiolo, parabéns por adquirir asas





e voar, de verdade.