Nossa existência humana é surpreendente
E trágica
Vivemos como se fôssemos únicos
O instinto nos empurra às cegas
e o pincelamos com matizes de falsa nobreza
Um ente querido se foi hoje
Praticamente jovem e sofrido
dor que o acompanhou por 15 anos
Diz um outro ser querido
que há sempre um lindo propósito
até mesmo na doença
Outro ser querido diz que a terra
silencia para absorver as estações
Quero crer que nossa passagem
serve, afinal, para despojarmo-nos
de tudo o que construimos
com um único propósito:
o de sermos antiUniverso
(in memorian de Denise Campana, pessoa que conheci com raridade)