sábado, 15 de maio de 2010

A vida, para algumas pessoas, é de mentirinhas quase críveis

E elas, as mentirinhas,
lhes sustentam a vida
a ferro e fogo, convictamente.
Os mentirosos são fervorosos
porque
as mentirinhas são imprescindíveis.
Como drogas, que empanam
as verdades e as mantêm
alimentadas como lhes convêm.
Para essas pessoas, que não
deixam mais aberto o canal do discernimento,
apenas o do descobrimento,
a mentira lhes constrói quase tudo.
Poderosas maquinações
revestidas de humildade.
Um verniz de corpo
não de alma
- e alma, saca, reconhece alma -
Não há como mentir
Os castelos de areia,
creia,
não são construídos à beira mar.
São edificados nus
num momento
urbano e civilizado,
de primeira, tudo em cima,
em que tudo, depois, cai
e cai, mesmo.
Não se esqueça que todos estão embaixo.

Contato verbal inteligente umbelical de chofre

quando disser
meu bem
ou te amo
previna-se
faça valer algumas garantias
e direitos
para não ser processado
por engano
ou arrependimento...
ou pior
levar um tiro fatal
pois é assim que terminam relacionamentos
hoje em dia

Isso é política

No final de abril, 2010,
na BR 040, sentido BH/ Rio de Janeiro,
este foi o cenário
que encontramos: real e político.
Trânsito intenso de carros e caminhões,
com um tombamento na alça próxima, depois do acesso ao Belvedere,
bairro chic, do Hard Café,junto ao Alta Vista.
Em alguns trechos mais tranquilos,
minerais em vísceras abertas,
explorados,
de montanhas quase exaustas,
lá está o inaugurado
viaduto, com todas as honras presidenciais,
sem uso, até hoje, para aliviar
o pontilhão entortado, sobre o precipício
que abriga almas.
Tem um sentido este apelido...
Que continua pesado e engasgando o trânsito.
Quando não derruba veículos e humanos lá para baixo.
Sem volta.
Já na BR 383, de Congonhas a Lagoa Dourada,
mais um tombamento em pista simples.
São curvas e curvas em curva.
Falha humana? Com certeza.
De colarinho.