domingo, 23 de agosto de 2009

arames farpados elásticos

Não sou teu colo


e nem tu és o meu encosto


não passo a mão na tua cabeça


assim como não me passas a perna


não ofereço meu ombro


e tu não me apunhalas pelas costas


não ofereço a outra face


e ,tu, não me apontes o dedo!


não cedo a minha vez


e tu não furas fila


quero o troco em centavos


não me ofereças balas e chicletes


não seguro a porta do elevador


e tu não me jogas pelas escadas


não somos nada demais- e isso


nos aproxima.


Cada vez mais perto


um hálito matinal
nos distancia.


Não esperes nada de mim


e eu nem um pouco de ti.






















sem bridão de frenagem








patina

lâmina obesa de fogo

A vida é também uma contínua troca de rolo de papel higiênico
parece banal
usual
no piloto automático
(pensamento filosófico momentâneo do Papagaio Testamenteiro, Bico de Alicate)

mas, olhe Atenas
devorada pelas chamas
incandescentes
Arde na alma
visceralmente
Onde estão os gregos?
Todos são deuses?
A pira estala
vorazmente consome.
Ah, lá vai o homem
culpar, de novo,
de novo não!!!:
a tramóia térmica
do universo de Copérnico.
Por Zeus,
Grécia,
cadê os teus?
Viraram carvão...

sorria, Brasil octopus, nem tudo é cefalópodes

uma vez mais
o volei feminino
teve garra e raça
para vencer
com graça
o desafio
de estar no embate
do esporte.
mulheres com apelidos
carinhosos
de meninas
que quebram
respostas
adversárias
e pontuam
em saques desconcertantes
cortadas de efeito
bloqueio eximio
no vôo elegante
da bola em mira
certeira
para o podium campeão
de mais um grand prix