sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ao turbilhão da catarse






deve ser como catar-se






depois de sermos esmigalhados






pelo tornado da mente e seus abjetos






quando revolve o porão






o sótão











que carregamos na ordem e desordem











em equilíbrio e desequilíbrio











crendo que tudo se resume ao sim e ao não











aninhando aos socos, palavrões e pontapés











lágrimas, cabelos arrancados,











tremores, tombos, rancores,











mágoas, decepções,











fantasias e ilusões,











sonhos mal acabados,











ao espelho do contrário das expectativas,











perante o outro de nós mesmos a quem nos acusamos











no baú trancado da alma inflamada











pela via de acesso mais escura











onde ressona a raiva











enquanto o ódio descansa











ambos prestes ao estopim











em faíscas intermitentes











lançando dardos sadomasoquistas











como alinhavos grosseiros da postergada











loucura






em completa varredura de seus






guardados e achados






cuidadosa e desastradamente