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terça-feira, 19 de maio de 2009

Cosmopolita da gema podre

Gosto da vida nas grandes cidades:
teatros, shows, espetáculos.
Variedades.
Cultura injetada nas veias
crimes e assaltos
nas avenidas,
palavrões
nas paredes.
Em grafite,
em sangue,
em catarros, em merda.
Tapetes persas,
lenços de seda
turcos,
chás aromáticos árabes.
Restaurantes
de chefs
inusitados,
pratos
indecentes e belos,
paladar
instigante.
Melros,
sabiás,
besouros,
uma fauna em extinção,
que vai à mesa.
Nenhum elo.
Quão refinada é a
cidade da esfera
sideral.
Os tesouros
a céu aberto.
Desde que os lacaios da terra
a mantêm
suprimindo
cada vez mais
as urgências
energúmenas de sapiência
humana:
gasolina,
sangue e
carne de animais,
pastos de rebanhos comíveis,
lenha de florestas
combutíveis,
cobertores
de lã
Aquecedores,
guarda-chuvas,
sombrinhas,
cor-de-rosa e azul.
feminino e masculino.
Basta?
Não.
Desembasta.

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