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terça-feira, 19 de maio de 2009

Esquisitices de um astrolábio perdido na átmos-fera

Tenho uma mania.
incontrolável: viver.
Um grave defeito de caráter:
dizer a verdade,
sem doer.
Uma alergia irremediável,
de dar manchas na pele:
sentir.
Um comichão suave,
mordendo a língua, até
colocar entre grades band-aid,
o repetir.
Um desabitual ritual humano de não mentir.
Toda torta, que me importa,
atirar para cima e acertar embaixo:
desde que acerte o alvo.
Relaxo se for alta patente,
parente distante, rente, ausente, renitente.
Incoerente sem distinção
nos meus repentes.
Confesso, não preciso de ameaças.
Arrepio só de imaginar desgraças.
Sou covarde,
sem alarde,
o que me alarma mesmo é minha coragem
barata,
antenada,
alta-voltagem, mesquinha
na minha rinha.
e isso não é rima,
é alarde,
besta sem crina.
Também sou vagem,
vagabundagem
a mim mesma
presumida,
com votos, devotos,
de fêmea bem parida,
arrependida,
infame ,
sem brevet de partida,
codinome:
desconhecida.
Meu plano de vôo?
Leia, de novo,
a faísca desta lida...





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