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terça-feira, 19 de maio de 2009

Chegou quando? Papagaio testamenteiro, segundo ato do início para o meio

a síndrome do todo-poderoso
começa na infância
precisa de ajuda para nascer
mamar, vestir, limpar a própria sujeira.
faz birra para satisfazer
o que não consegue por si só
cresce, entra na escola com mais tantos outros
tontos
para aprender que a companhia
não é solitária
e que conviver é uma questão
necessária
debate-se antes de debater
a valentia vem em bando
não é destra
nem canhota
assim como a ação solidária
mas, permanece intacta
a selvageria
latente
do já adolescente
com brincos, anéis,
a alegoria estúpida
da inconformidade intermitente
sem nenhuma valia
se é alimentada
sem filosofia, poesia,
matemática e quântica.
Virar páginas de livros
como as do caderno,
não deixa ninguém inteligente.
mas, a juventude
aparece e a mente esquece
de que era tudo um
apreender para tornar-se gente
Lá está, de novo,
a velha histeria do eu
bestificado,
valente, que não admite
ser questionado,
só quer marcar território
num impulso inconsequente
Veste-se diferente, desapartado
do rebanho,
sem a consciência
de que está bem marcado,
muito mais tatuado
do que o gado
ao seu redor,
à sua frente.

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