Muito se fala, hoje, do tratamento de esgoto em Tiradentes-MG
Sem querer também 'apareci' nessa mixórdia
através do jornal da cidade
Era um movimento recente, quase instantâneo,
em protesto sobre a localização da ETE,
protagonizada pela COPASA
Como disse um funcionário a um morador:
esgoto não sobe rua...
Na realidade, sou uma ET, no jargão local: extra tiradentes
Mas, ET ou não ETE, moro aqui há três anos
Vou dizer: finalmente a COPASA quer tratar o esgoto da cidade
Não sei a que pressões político-partidárias
Como recém-moradora observo no meu século 21:
a cidade PRECISA, antes de mais NADA,
preservar seu rio
e não é dos melhores: o das Mortes (nome histórico e que carrega a infelicidade dessa história)
Em seguida, cuidar da água que chega às casas (caixas dágua, por exemplo, tampadas= dengue)
Cuidar da água que rola nos chafarizes, aberta aos turistas .
É tratada, cuidada?
Existem casas com fossas? São sépticas? De sumidouro?
E as atividades agrícolas? O que jogam nos córregos?
E as nascentes? São monitoradas?
E o lixo doméstico da cidade? Nada é separado. Sei de gente à beira do Ribeiro Santo Antônio (= restaurantes) que descartam os restos nele.
A cidade tem aterro ou lixão?
Se a população joga seus dejetos na rua, nos bueiros
e não tem o hábito ambiental de separar em sua própria casa,
o que esbraveja?
Vejo ruas cheias de mato, sem calçadas, cheias de lixo
A cidade é um prolongamento do lar.
Tratar o esgoto, no nariz de quem quer que seja, inclusive o meu, já é um passo gigantesco, em quase 300 anos,
sem tropeçar nos pés de moleque.
Assim, todos deixaremos de ser 'moleques'
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