Hoje puxei um revirado
do mesmo mês em que estamos
e que data de 1980
remexi em mim mesma
mas no atiço da certeza clara
me deparei com a sombra
de outra mão e olhos
na mesma reveria
Como sei?
Minhas gavetas, armários,
nichos, livros e penduricalhos
têm a alma de minhas palavras escritas
umas bobagens, outras miragens
Desde pequenininha gravo a assinatura
existencial assim
Umas reais , outras pagãs
e ordinárias
'seres imaginárias'
como define Riviti, há tempos
em mim
Me vejo ao relento da invasão alheia
sem respeito
sem amor
me sinto sob a suspeita
em meu próprio relicário
Mas, segue a vida e o meu mantra
'tudo passa'
repetidas vezes sem repetição.
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