Tweet

sábado, 31 de julho de 2010

Nada prometo, prometo

Às vezes, nossos caminhos
são ao vento
de asas
outras , ao pó de pedras
contornando ou escalando
os obstáculos
planando
muitas vezes, nos pesam
e nos agarram
as dificuldades
as impossibilidades
já trilhei muitos desses caminhos
ao escuro, ao desconhecido,
ao que é permitido
enxergar
e ver
lembrar e esquecer
mais claros agora
em que as sombras
são devoradas
pela luz
mesmo ao silêncio
ouvimos
sentimos
enquanto prossegue a nossa jornada
a natureza cumpre o tratado
ancestral
de nossa existência
ciente de que não
cumprimos nem a ínfima parte
do que nos foi dado
ainda assim
me seguem, em revoadas,
seus mensageiros
entrelaçando minha passagem
aos bordados
de uma oração
mais uma vez
soube
que não é a minha mente
que necessita de remédio
e sim
o meu coração

Nenhum comentário: