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sábado, 31 de julho de 2010

Confesso: eu pecã


Vou dizer e pronto

(é verdade, não me envergonho)

levei mais de cinquenta anos de vida para ver e comer

a noz pecã

Colhida no pé da árvore,

segundo a lenda

com esquilo na parada

cuspindo as aparas centrais, amargas, na cabeça do ' barnabé',

que são pessoas como eu e outros, embaixo do pé,

ouvindo e relatando

seus detalhes e sutilezas, provindas de Botucatu (SP).

Não é de facileza:

você tem que guardá-la em saquinhos de papel;

quebrá-las só na mão atritando, uma contra a outra,

duas de cada vez;

retirar as aparas entre suas metades perfeitas,

aquelas, que amargam,

driblando esquilos.

Bom, estes eu os deixo à vontade.

entendem de pecã milhões mais que eu.

Perfeitas na forma, no sabor, no doce, no amargo e no degustar

gourmet.



(minha admiração à Kele e Diego)

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