Talvez, na gaveta do meio
acordados a cada lua cheia
quem sabe debaixo da mesa
sob o toque a cada garfo e colher
em colisão
pode ser que os esqueci
ali
na prateleira de sentimentos
ou à beira da cama dos pensamentos
Cadê?
Dentro de algum gibi?
Enrolados no lençol da memória
quem sabe vão pinicar
o sonho ao dormir.
Mas, precisava deles agora
para palitar os dentes
e levar atmos feras
ao meu paladar
Onde estão meus raios, raios?
Aqueles que fazem cócegas
nas axilas da discórdia
afagam os caninos do silêncio
fazem as rezas pipocarem
na ponta da língua coronária.
Hum?
Cadê?
Se amotinaram no córtex ,
com certeza.
Só pode.
Uma trincheira bem armada
para tempos à míngua.
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