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sexta-feira, 23 de abril de 2010

O cavalo, o dragão e o santo

Cuspa tuas ventas em chamas
dragão
enfurecido
saracoteia
encandescido
expele tuas escamas
de lava
enquanto empunho a lança
mortal e certeira
de pau e ferro
sobre o cavalo de mil patas
calo a boca do teu vulcão
com chumaços de algodão
tu me desafias
em qualquer direção
com asas primitivas
espeto tuas costas e ventre
tu serpenteias
teu dorso inquieto
inventa rasteiras
me deixa em perigo
Com meu escudo te rechaço
minha sela repele teu ato audacioso
e
meu cavalo de mil patas
sobre teu formidável aspecto
não entende
refuga
relincheia
aos coices
espalha tuas próprias cinzas sobre ti
deves morrer porque és desconhecido
antigo

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