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terça-feira, 26 de maio de 2009

sal a grosso modo em dízimos

cadê meu véu?
quem acendeu minha vela em alto-mar?
quem pagou pelos meus pecados
e me enviou
sorrateiramente
a conta?
Prestações ao léu.
Quem, pelos infernos, acendeu a lenha do meu fogão
torrou minha paciência em %
e majorou o quinhão de minha fome
em potes alimentícios
no freezer?
Quem usou o chip do meu cartão,
fez ddds no meu celular,
rezou 1/3 da minha ladainha,
fez promessas para mim?
Cadê meu incenso de benjoim,
meus resquícios,
vícios,
capim barbatimão,
a moeda novinha,
a medalhinha do meu santo de estimação?
Sou almamiragem...
Só tomo bênção real
benzida, cozida, apimentada
de irmão espiritual.
Serve, de praxe, um ritual de anjo,
de santo,
de madre,
batismo, conspiração etérea,
aérea, bicicleta, carro, carroça, jeep
avião.
Fecho meus sentidos com zíper.
Serve o que há
e houver
para a afinação.
E não queiram pedir exame de dna.





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