Tweet

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Madre-pérolas (09/02/007 07:35)


Ferradura de salto 15


Ah, certamente você está pensando

Ou imaginando

Cascos suaves, leves,

Galopando

Na relva de contornos brandos

Uma potra selvagem

Ao invés de esmalte, tatuagem

Narinas fumegantes

Crinas ruivasTrote elegante,

Parece impaciente

Reduz ímpetos nas curvas

Mas recupera o ritmo

De um compassar

Exultante

Sua aura

Num balé sem igual

Confiante

Grama e areia, terra

Pisoteio

Debutante

Graça e leveza de sereia centaura

Ou esqueci: você está acertando?...


Calma, minha alma


Quase todos eles estão aqui

Conte um a um

De novo

A senha é 'presente'

Diga os nomes, sobrenomes

Peça que levantem as mãos

Sorria

Você está na companhia

De algum deles

Almas de outras dimensões


Dedo no gatilho


O brilho

Voraz do revide

Materializado

No coice

Do cão

Direto

No alvo

-certeiro-sem perdão.

O flash

Ancestral

-instantâneo-na escurdião!


Nas coxas?


Aqui não cabe

Mote que se sabe

Entedia

Aborrece

Emburrece.


Third D


Ainda assusta o som do trovão

A chuva que desaba qualquer vão.

Aquele hiato entre o céu e o chão.

O estrondo ensurdecedor ativo do vulcão.

A mínima possibilidade do canhão.

O satélite-espião.

O furacão.

O oceano em turbilhão.

O calorão.

Nos trava em tudo, o medão.

Nos liberta, a paixão.

Ainda que não:

melhor viver,

então.

Nenhum comentário: