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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Como as nuvens no céu de verão inquieto

são densas as tuas mãos
macias
que acariciam e tocam mais que o coração
são tensas as tuas palavras
as esvazia
de farpas que arranham mais que a emoção
podias chover mais
e não porque é só verão
podias jorrar mais
e não porque é apenas verão
podias mais
e não por que sois tuas mãos
é porque cai a garoa em pleno final de janeiro
em Ribeirão
mesmo cuidadas
minhas plantas não sobreviverão
nem sei como será fevereiro
carnaval, 
aí vem março
olhar as nuvens, olhar os humanos
que fazem parte do que 
então?
tuas palmas
em quais das duas acreditarão?


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