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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Não ouço Síria, não danço Síria

Cadê sua música?

Seus aromas?

Cadê sua letra?

Síria

onde está?

Procuro minha família

Meus entes queridos

e invisíveis agora

Procuro-os nos escombros

inférteis

nas valas escuras

que eram um pomar verde nas pedras

Procuro-os nos rebanhos

nas pastagens agrestes

vívidas

hoje

ressequidas

no mercado colorido

nos becos e

nos labirintos musicais

no céu dos terraços

cheios de estrelas

hoje apagados

Mudos

E se cala a alegria da vida estridente

Cadê meus parentes?


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