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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Chove no molhado e a monstruosidade não é realidade virtual

Estamos novamente em janeiro
Alto verão
praias lotadas de turistas e banhistas
aeroportos como se fossem rodoviárias
com filas para embarque
Diz uma amiga: desencarne coletivo
Vários destinos no país se rendem às férias coletivas e escolares
Muito sol e muita chuva
Assim é o Brasil
Todo mundo gasta o que pode
e o que não pode
O que não pode, gasta também
e o que pode, se mantém cada vez mais
Chove e chove e chove
Assim como chove a tragédia
a fatalidade
e o descaso
a fome
o frio
a sede
a violência
a brutalidade
Não de agora
Chove tudo há séculos
Ignorância, ambição, descrença
e maldade
Chove  humanos sem a mínima noção e registro
no Planeta
que chora
que range
que explode
que sacode
cospe
vomita
regurgita
que  se esgota
principalmente
Só que o Planeta é exuberantemente o Si
Nós somos imbecilmente nada
Múltiplos comentários
(e o que é pior, de jornalistas e cientistas)
resumem o seguinte:
a mão do homem interfere no clima e no meio ambiente
inteiro
A atuação do homem
Mas, que homem?
Tem um nome, endereço, nacionalidade?
Ou é assim que se desculpa ou se culpa
os horrendos estragos na Terra?
Parece um ser invisível, inconsciente,
anônimo
e capaz de alterar as rotas dos seres vivos
Ninguém pensa nos mortos
acham que morreram....
Que homem?
Somos todos nós e a voracidade da espéce humana.
O canibal e o antropofágico, bestial
Alguns até lhe atribuem até inteligência e genialidade
se admiram de sua crueldade
insana e insensível
Ah, dizem: 'bárbaros modernos'
E encontram tempo para rir, para enriquecer, para viajar de férias
para comer e  ir a shoppings
No fundo, crem que tudo será resolvido por outra mão,
a Divina
ou pela garra dolmen
Os que não estão nem aí e só tem ironias
crem que não batendo a água nos seus próprios fundilhos,
tudo bem.
Todos riem da seca e do deserto
 também
Sem citar nomes, mas quero citar aqui a máxima da pósmodernidade,
dita por aí:
o mundo não é mais dos espertos, é dos que tem dinheiro.
E quanto mais humanos caindo pelas tabelas
mais ricos capitais ficam
A máfia podre, creio, vai colher seus dividendos, com certeza
por que? tudo será tudo novamente
diz a serpente.

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