Tweet

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que é pior: a droga do vício ou o vício da droga?

Se quisessem mesmo que o Planeta melhorasse
fariam o seguinte ,
único e eficaz exercício vital para isso:
encararem a vida com sobriedade, respeito e afeto.
Para começarem o energético café da manhã,
ao invés de sairem por aí correndo, achando que passantes e veículos maculam essa correria,
alguns balançando a pança,
os peitos, as bundas, as celulites, o saco e
outros o esqueleto,
naquela vã ilusão do corpo perfeito, da mente ativa,
da ereção infalível, da plástica insuspeita, do emagrecer suspeito,
corressem pelas plantações com enxada e pá nas mãos
ceivando campos de maconha e coca na Bolívia,
Colômbia, Norte, Nordeste e Centroeste do Brasil.
Pronto, o café, o pão e manteiga, o queijo, desceriam
tranquilos.
No almoço, dariam uma esticadinha ao Afeganistão
e colheriam lindas e glamurosas papoulas para enfeitarem
o jantar a dois à noite, ao invés de cheirarem e injetarem
a seiva heroína.
A picanha e uma alfacinha desceriam feito elixir dos deuses, nem levando em conta a chacina bovina, sanguinolenta e tradicional para os extracavernosos e recém mobiliários da civilidade.
Para uns alongamentos extras, percorreriam uns atalhos
pela Nigéria, Itália, Noruega, Rússia, abortariam mulas e escravos, libertando-os da canga da miséria
e estariam em dia
com o trabalho e ainda dispostos a umas cambalhotas com a prole, ao invés de sedá-la ou jogá-la no colo da babá gostosa ou da professora neuropata.
Gastariam menos com a mídia e advogados, posteriormente.
Antes mesmo do final da tarde, estariam no Uruguai e desmantelariam comboios
de armas pesadas, que costumeiramente chegam de leve aos morros e favelas,
esquivando-se futuramente de balas perdidas
em praias belíssimas como as cariocas...
Assim, vocês não entrariam em surto psicótico com alguns caniços nicóticos...
Fumacinha perseguida à la ghostbusters de pura neura,
enquanto debaixo de seus narizes saudáveis e puros,
veias e cérebros sejam dizimados por estas drogas sem endereço certo, sem discriminação, sem preconceito, sem rico e sem pobre.
Quem sabe, até aprenderiam a votar e a agir.
Ou a identificar o câncer real que consome a humanidade,
como o roer incessante dos salários em políticas de nababos,
que lucram com os ditos virtuais vícios e drogas,
travestidos de bandidinhos e mocinhos noveleiros .
tolinhos cada vez mais em forma...

Nenhum comentário: