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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dor na espinha dorsal, não na espiral

Não sei se estou apta a escarafunchar este assunto
mas, me coça as entranhas
me deixa sempre numa cadeira
não elétrica
mas, à beira de um choque existencial
desconfortável
como quem vai ao cinema, teatro,
calha de sentar-se atrás do maior da turma.
Vira a cabeça prum lado, pro outro e nada
não enxerga
só escuta.
Na lida, nas ruas, na vida,
sempre fui o incompatível ser
certo
Nenhuma honraria
mas aquele anônimo com nome e endereço
corretos
Não tiro a graça de ninguém
São como ventania
do inesperado.
Sem mitigar o caminho tormentoso de cada um
sempre me coloco
na questão:
cadê vocês quando estoura o rojão?
Em prece, oração, jejum, comunhão?
Bom,
creio que é a minha cara de ninhada de rua
que deve estar presente
nua
na sarjeta
crua.
Obrigada.

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