Tweet

sábado, 24 de outubro de 2009

Fábula do Papaigaio Testamenteiro e a Cã Botequeira

(Os nomes desta Fábula são verdadeiros, mas as histórias os inventam para dar pistas concretas de uma realidade pra lá de cruel com outras personagens, tale quale...)





Subitamente, sem nenhum motivo aparente, lá está a luz vespertina, cheia de mormaço grudento, carregando o meio da tarde no suor do sovaco, tão lentamente que o mais novo e orgulhoso papai do Planeta, o Papaigaio Testamenteiro sacode as belas penas, preguiçosamente, e ensaia um balé de ventilador colibri , direcionando suas garras afiadíssimas ao belo infinito de telas e galhos de árvores. Aproveita e dá uma cagadinha no chão de cimento lá embaixo. As folhas de seu puleiro estão meio encolhidas, encaloradas, murchinhas, aninhando
a bela fêmea e o seu ovinho. Kheo, eis o nome do Papagaio Testamenteiro, imagina que seja o pai.
Seus companheiros de cela-árvore urbana também...
(saga psitacídea continua ...)

Nenhum comentário: