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terça-feira, 21 de julho de 2009

O sagrado cerimonial da enganação secular goela abaixo.Estranhezas à parte, me banho em veredas.

Não preciso de um lugar só meu

o mundo é suficiente

aliás, ultimamente,

não cabe em mim

assim, um mundo sem fundo,

escarrado, nem frito, nem ensopado,

o menu já vem ensaboado

com um amontoado

de escremento vegetativo-animal

embalado.

Sorver o cardápio planetário

atual

me parece um ato

desatento, na verdade,

desculturalizado,

por quem frequenta

a estrebaria social

e se veste como quem

se abotoa de emaranhados

chinfrins

- credita no irreal

um virtual

Santo Graal

- adereços de encenação vazia -

fashion, sim, até inusitados,

só em aparências inventadas,

aquelas alegorias grifadas

- mostram muito o lado de fora

e nada por dentro -

plastificadas.

Poucos lêem

estão em carona constante

de Tvs e celulares.

A existência me interessa

assim como a sua textura.

Vez ou outra, encontro, surpreendemente,

alguém que pensa

intuitivamente.

Uma rara riqueza, ímpar,

que também se serve à mesa.

Aliás, alimentar-se, corriqueiramente

exige destreza, habilidade,

peregrinação e um leve toque de juizo,

acréscimos de encantamento

e sedução.

São sinais característicos

da pessoa devotada

ao sentimento.

Aqui, conheci a filosofia

da encarnação.

Por ora,

lamento

o habitar desse mundo

tão ausente

de despreendimento

e perdão.

E tenho razão em execrar

todo aquele,

jovem ou não,

para quem

cuidar da própria vida

tornou-se uma responsabilidade

a terceirizar.
























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