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sábado, 25 de julho de 2009

baú de revirados

Encontrei um achado
perdido
do meu olhado
desde o finado
2002
às 15h25m,
numa reta que desliza
esquiva.
Poderia naufragar assim
mas, conto
...Foi uma vez:
quando ela passar
acenda as luzes
se for noite,
apague o brilho do olhar,
tire o pó da luz
do abajur
ou do luar
Abra a torneiras do jardim
Sem pensar
pense em mim.
Quando ela passar, diga:
oi, como vai?
Remova ervas daninhas
Ora, alegre-se
varra o asfalto e se recorde de mim.
Quando ela passar,
deixe que eu sinta
a dor e chore
embriagadamente
meu porre
mas, me perdoe,
nem tive
a chance ,
aviso ao condutor
recuse o cobertor
de lã da compostura
se lá fora
aumenta 40 graus.
Quando ela passar,
ligue FM,
acenda a fogueira,
o cigarro,
gele a cerveja,
faça churrasco
e depois
me diga o que fazer
de mim.
Senão, sele o cavalo
porque, assim,
sim,
para sempre
estarei a fim...
Quando ela passar,
peço,
só não passe por mim.
Tô no meu cavalo
emburrado

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