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segunda-feira, 4 de maio de 2009

cruzes, não ouse me dar bom dia, mundo!

Somam-se alguns anos
quem sabe
uma década
meses de esconderijos
subterfúgios
camuflagens
fantasias
com as quais
lido ao menosprezo
das simpatias
esconjuros
todas em alto-relevo
derrapando
na curva do ato
em nó
vai entrocamento
a sós
aborto da alma
sólida
sem eliós
meio cuspe
meio suor
cede ao mortal
por que é falso
o pé imortal?
Reles
vazios
visíveis.

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