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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Maquinista

O trem ainda corre trilhos à noite, por aqui. De carga, de metro, pesado, devagar, sacode o cerrado, apita na madrugada, rasga a periferia. O inverno a céu aberto traz seca e secura. Na natureza tudo se recolhe e se encolhe. À espera, à espreita. Sono e dormência. Preguiça. Preparo. Economia. Mas, tudo é bobagem. Fora a humanidade, tudo é soberano neste planeta. Anda sozinho. Não precisa de ajuda. Não precisa de empurrão, não precisa de cobertor. Tudo está em harmonia. A humanidade não. Está fadada à destruição ou à infelicidade? Devemos entrar e sair de costas? Sangue e suor.Trapista e Abadia. A cor da noite arde às 21 h, como se a poeira entrasse em combustão. Estou em estado de órbita. A minha vida está em aberto. E nunca sei o que estou fazendo. Talvez haja outros como eu, de comum acordo com o desconhecimento.Espalha sementes como passarinhos, só que desconstruindo ingenuidades e amadorismos.

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