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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Felinos


Silenciosos, espreitadores, resvalam pela noite atrás de luas novas, mariposas, aleluias, vaga-lumes e estrelas cadentes.
Deslizam pela relva sem a comunhão que se estranha , num cheektocheek à maldição da caça noturna. Lambem patinhas.
Felinas,cativas do cio, furtivas, ativas, sem emitir um som, redesenham sombras à mercê, talvez, de algum cupido vira-lata. Ronronam.
Astutos, instintivos, afiam as garras na luz de seda das manhãs, depois de longa e sussurrante serenata de miaus. Lânguidos.
E brincam entre hibiscos, bicos-de-papagaio, arecas- bambu, sapatinhos-de-judia, barrigas-d’água, patas-de-elefante, moisés-no-berço, debruçando-se no bambu mossô.
Felinos
Preguiçosos caçadores de quartos-minguantes.

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