
O dia dorme
a noite acorda
traz bocejos da
madrugada
sem batom
a pequena sacada
um confessionário
íntimo
sacramentalizado
faz mira
no pequeno naco
de universo
- confesso -
de toda mentira-
me
rogam-se pragas
tecem-se preces
espargidas
de dúvidas atrozes
tiradas do colo-
me
como elioses
de teses paridas
si len cio sa mente
em ato
nada contrito
limita-se o amanhecer
ao limiar do infinito
lá vem o alinhavo
de certezas
desfeito ao dia
rarefeitas
como ungidas
copiosamente
são os feitios maneiros
arredios
da romaria
diária
desenhando
a passagem humana
num arremate
grosseiro
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