
pois, sou uma boneka.
estava à beira de um baldio
catando lixo
no estômago magro
vazio
o lombo desgrenhado
bicho
que de ternura
só o cio:
lambia coices e solas
ainda assim,
humilde.
Eis-me, agora,
olhe para mim.
Num oásis humano,
não passo fome
nem frio.