
Às vezes, pensamos:
que pena estarmos vivos para
testemunharmos isso!
E quando não há escapatória,
fazemos o bolo oco
da história
aumentar:
estarrecidos.
Ainda nesta condição,
humanos, em plena miséria
de ciência e ética,
valemo-nos de nossos santos
(e os temos em legião)
até mesmo um em questão,
São Francisco,
para o qual
moral e dialética
eram pilares
de pura
misericórdia.
Tinha razão.
À falta de crença,
decência,
socorremo-nos na 'sapiência'
dos muitos (e muitos sem docência)
que trazem, dourados,
na parede,
títulos enquadrados,
seus doutorados, mestrados,
e uma vasta pasta
de mesa,
que atestam
inteligência,
tais
engenheiros, agrônomos,
geólogos, biólogos, físicos,
geógrafos...
(sim, nada santos)
portanto...
Mapeiam, em céu de brigadeiro,
teoricamente,
500 anos,
na memória
do Brasil brasileiro
e, pasmem,
nada foi acrescentado
ao passado navegante
de outro Francisco,
este , outrora,
um exuberante Rio-mar,
pois, muito menos
ao agora,
embora,
os sanguessugas eleitorais
dizem que matará
a fome e a sede
dos miseráveis
sertanejos.
Pelo que vejo,
drenarão a água
já em extensa agonia
por quilômetros
moldados em canais,
margem adentro
o que significa
em dois mais dois
que o Rio-Mar
se foi
não voltará mais.
Um réquiem para o velho Chico
Triste glória para a alegre
corja latifundiária
E também se foi 2007
e a greve de fome
de D.Luiz Cappio, bispo de Barra, BA
Graças ao Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, relator do STF
e ao então advogado-geral José Antonio Dias Toffoli
Lula velho.