
Fibras humanas
cultivadas em
células
de manto familiar.
Um colo generoso
de avó
feito ninho
de filó.
Palavreado têxtil ,
vernáculo lunar
em seda.
Só un peau...
contemporâneo
matuto
tropeiro
com mãos
de garimpo.
Ao abrigo
de aguaceiro
esconde-se o frio.
Abre-se o sol
mineiro.
Casa de abelha
sem poeira
cheia de zumzumzum.
No aconchego
um a um da família
dorme ajeitado.
Quintal pingueiro
levanta acordado
no cerradeiro.
Aprende-se
com esta casta
de ventre
despinhadeiro,
desdizer dito
pelo não dito
bendito
Eleito
pela centelha
da convivência
sabiamente
erudita
com simplicidade
A linhagem azul royal
'Bororó'
de Augusta,
paisagem genética
como um toró,
de história
desfiada em croché.
Não é uma só
a receita,
tece
enternece
endurece
aquece
em muitas facetas:
art decour da
miscigenia
portuguesa,
africana,
moura
judaica
e indígena.
Estirpe nobre
da etnia
aos ora pro nobis
couve, quiabo, taioba ,
suã, fucinho e costelinha
fubá
canjiquinha
palmo a palmo
tête-à-tête
ao quatrocentão
colonial esculpido
em berço
- estado puro
de degustação -
do saber e provar,
desde o canavial
ao virginal
expurgo em deleite
do cafezal,
ouro verde e amarelo.
Em phd
diplomado
- matinée
de diamante
multiplural .
Ateu sabe rezar?
Ah, aprende...