
A caravana a caminho
do estamos e
seguimos:
Ele...vamos.
Levantamos rastros estelares
dos quais somos
o girar exponencial,
ciranda
de ímãs reluzentes
Por que?
Abrimos a clarabóia mental
estendemos as mãos
ao flamularmos o passaporte espiritual,
crença e lembrança da Casa constelar
Lá estão
nossas raízes fluídicas
em berço
Convergimos,
piscando em eternidade
ao azul imperioso do Cosmo infinito
energias
vívidas, crísticas, atemporais
solfejando emanações
música
sons
tons
tuns
O que ouvimos quando
rastelamos nossa consciência
adâmica
na cor de nossas cores
ao solo Terra,
fio por fio
palha por palha
grão a grão
sementes
timtim por timtim
pavio de atavios
renovando a centelha
lúcida,
filigramas metafísicos
Somamos:
Todo em UM
Nada pródigos
apenas latentes,
distantes e próximos,
saudosos,
sedentos,
exaustos,
quase náufragos de nós mesmos,
descascando o peso da matéria,
para desamarrarmo-nos
da gravidade espessa.
Alçamos o vôo liberto para o colo Mãe
com o nosso arrependimento,
um acalanto de Perdão.